9.6.07

Mobilização

Ainda sobre a morte do jovem Tiago: nunca se viu tantos policiais empenhados na solução de um crime - praticamente todos os policiais civis, parte da PM e a P2. A última vez que se viu tal aparato foi na morte do proprietário da Art&Linha, Rubens Orlandine, morto em 2005.
No velório (eu saí do Prever por volta da 1h30 da madrugada e o local estava lotado), para se ter uma idéia, compareceram todas as autoridades imagináveis, entre políticas e policiais - e, com elas, viaturas, inclusive uma transportando cães policiais.

17 pitacos:

Anônimo,  15:08  

é o mínimo que se espera das autoridades policiais....

elucidação já....

esclarecimentos já....

punição já....

báh, aonde nós vivemos, tchê ???

o que que é isso, companheiro ???

Anônimo,  15:31  

O problema deste país é a chamada prescrição criminal. Passados 20 anos, um assassino pode entrar numa delegacia, confessar que matou uma pessoa, apresentar provas concretas do que diz e, após lavar a alma com a confissão, pode ir embora, rindo, sem precisar responder pelo crime cometido. Isso tem de acabar. Homicídio é como a dor deixada na família. É para sempre.

Anônimo,  15:50  

Em nossa última consultoria em Maringá, a Secretária Sandra Costa, no final do dia, conversou por muito tempo sobre seus filhos com Michelle Nunes, responsável técnica pelo OP Criança. Michelle contou à nossa equipe o orgulho estampado no rosto de Sandra. Falou muito do seu filho Tiago.
Sandra, para quem não a conhece, é uma mulher corajosa e determinada. Fui testemunha da coerência pessoal e total desprendimento político, por muitas vezes. O Instituto Cultiva está em Maringá por empenho pessoal dela. Após assistir minhas palestras para o Cesumar, UEM e Receita Federal, me procurou e disse que queria desenvolver um programa de apoio aos conselhos municipais. Obviamente que havia muito estranhamento de apoiadores do governo municipal a respeito de uma consultoria cujos membros têm posturas ideológicas claras e franco envolvimento com movimentos sociais e organizações populares. Sandra, como sempre, foi forte e se arriscou. Queria estabelecer uma ponte com os conselhos. Agora, contratou Antonio Frigo para gerenciar a Escola da Cidadania e o OP Criança, pela SASC. Frigo é um antigo militante da igreja católica, com vínculos com a ala progressista.
Todos que a conhecem sabem que é uma pessoa admirável.
Espero que ela tenha forças para superar um momento tão difícil. Pelo que sei, a população de Maringá está dando mostras de solidariedade e indignação. Neste momento, tais demonstrações dão um mínimo de conforto.
Rudá Ricci

Anônimo,  16:44  

é no homicídio ainda são 20 anos, e nos crimes menores que a prescrição é de dois, quatro, seis anos.
enquanto a sociedade não se consientizar de que bandido tem que ser tratado como bandido, veremos muitos casos como estes.
O vamos continuar acreditando em papai noel, digo, em políticas de ressocialização.

Anônimo,  19:04  

Quando o filho do seu Chico, meu vizinho, foi assassinado brutalmente por seu chefe, ou quando o seu Silva foi achado estrangulado na beira do rio, e a Maria foi esfaquiada e crivada de balas por seu namorado filho de papai, não teve nota de pesar da prefeitura, não saiu na primeira página de jornal estampado com letras garrafais, nem se viu tantos policiais envolvidos, nem teve passeata pela paz e justiça, muito menos os velórios deles estavam lotados de "outoridades"... É preciso ser da alta, pra isso?
Cadê a igualdade? "A velha política do olho por olho... nos cega a todos", dizia Gandhi.

Anônimo,  19:44  

Esta é mais uma triste demonstração pequeno-burguesa de Maringá.
Claro, que me alio ao luto, com a família, mas quando jovens, pobres, morrem em situações similares, vira apenas estatística.
Me lembro agora do caso do então também estudante de Medicina, hoje Dr. Vartanian, que assassinou um jovem, pobre, com pancadas covardes.
A família, até hoje enlutada, não teve a oportunidade de ver o assassino ser julgado. os melhores advogados o Paraná, protelaram, protelaram e o crime prescreveu.
Sugiro que se aproveite a mobilização e se exija, pelo menos o julgamento, que é o mínimoque a família merece.

Anônimo,  20:35  

A culpa não e da vitima ter dinheiro ou status. E sim da propria impressa, que noticia o caso de forma diferente. A imprensa e as policias todas sao compradas. Dinheiro sempre o maldito dinheiro.

Anônimo,  20:44  

em briga de rua,
o resultado é imprevisível......

quanto ao luto pelo Tiago, é normal, as pessoas importantes, chamam muito mais a atenção do que uma pessoa do povão....

isto é normalíssimo....

quem reclama,
é recalcado e petista idiota.....

quando a ditadura do sr. Lulla, for implantada, aí não terão estas manisfestações nem para importantes, e nem para pobres, como estão reclamando aí prá cima........

esta bobagem de igualdade reclamada pelo povão, nunca existiu e nunca existiraá....

que cada um se esforçe ao máximo, para vencer na vida, por que as pessoas vitoriosos somente, é que são reconhecidas.....

quem quer, lute pelo objetivo...

quer não quer,
e não procura querer,
bate palma sempre para os outros vencedores ....

vá trabaiá, e parem de recramá.

Anônimo,  21:19  

Gente vamos esperar a polícia resolver o caso.

Anônimo,  21:23  

Não entendo, realmente. Como alguém pode dizer que é pequeno-burguês se solidarizar com um ser humano? As homenages são maiores por um motivo óbvio: Sandra é uma pessoa pública, uma secretária de governo. Agora que Chico e Silva foram citados, é óbvio que me solidarizo em eles também. Meu primo, quando tinha pouco mais de vinte anos, se afogou em Florianópolis. Não lembro de ter saído nos jornais. Não tínhamos, nós da família do Caio (meu primo) motivo algum para nos sentirmos ofendidos, porque tínhamos noção da realidade. Não flutuávamos sobre o mundo real. Caio era importantíssimo para nós, de sua família, mas era desconhecido de quase toda Florianópolis. Não nos ofendemos por isto.
Aliás, como sociólogo gostaria de sugerir ao anônimos que estudasse o que é pequeno-burguês. Sugiro começar lendo O 18 Brumário, de Karl Marx. Você encontrará lá mais de doze classes sociais. Estude um pouco. Seu fatalismo, escatologia que define uma pessoa pela origem de classe é algo que o marxismo abomina. Não o vulgar, mas aquele nascido do humanismo, tal como aprofundou Jean Paul Sartre.
É muito simplismo e falta de solidariedade num momento tão doloroso por que passa uma mãe. Espero que este esquerdóide nunca passe por isto na vida. Ninguém merece.
Rudá Ricci

Anônimo,  22:18  

Enquanto linha de inestugação, a PC não deve descartar uma linha de investigação que abalaria a moral provinciana da cidade, se fosse confirmada...

Anônimo,  22:28  

Ao Sr Ruda Ricci: meus prabens pois traduziu comgrande conhecimento a nossa fala! A fala de todas as pessoas que acreditam ainda numa juventude que pode ser mudada! Meus grandes e sinceros pesares à familia de todos os que perderam algum familiar por estes infelizes que nao tiveram a oportunidade de enchergar a dor dos outros.

Anônimo,  23:49  

É por isso que circulei ontem por OITO QULÓMETROS pelo centro e bairos de Maringá, em plena luz do dia, E NÃO ME DEPAREI SEQUER COM UM ÚNICO POLICIAL, UMA ÚNICA VIATURA OU MOTO DA PM. Todos estavam empenhados na investigação e busca dos assassinos do "rico" Tiago, deixando a cidade, ou melhor, nós "reles" proletários a sorte da bandidagem. Imaginem então como estava a cidade à noite...
Como cidadão me solidarizo com a família enlutada, mas ao mesmo tempo acho inaceitável tamanha hipocrisia da PM e das autoridades em abandonar a segurança da cidade, só porque morreu um membro das elites...

Anônimo,  01:18  

Anônimo das 23h49, vamos fazer o seguinte: quando matarem um irmão, mãe ou filho teu vamos escalar um vigilante ou guarda noturno para cuidar do caso e deixar o resto da polícia cuidar da cidade. Tá feito o acordo.

Eduardo 09:10  

Quanta besteira.

Anônimo,  09:29  

Faço coro ao anônimo das 23:49, pois enquanto as buscas estavam em curso, rodei mais de meia hora sem encontrar nenhum policial ou viatura na cidade.
Só depois que encontraram os assassinos é que a polícia voltou para as ruas, e dessa vez com mais presença do que antes, ou seja, é preciso que algum bacana ou parente dele seja morto para que a "segurança" na cidade melhore, mas passados alguns dias tudo volta como dantes.
Enfim, todo esse episódio mostra claro que esta faltando (e muito) vontade e ação dos governantes para contratar mais policiais e colocar mais viaturas em toda a cidade, principalmente à noite...é que isso custaria o dinheiro que estava reservado para o "caixa 2" dos políticos.
Bem se vê que o anônimo da 1:18 faz parte da elite, especialmente a política... o comentário do anônimo das 23:49 pegou na ferida dele.

Anônimo,  09:51  

A todos que compareceram deveríam fazer o mesmo quando "pobres e anônimos" são assinados...

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