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Segundo a AFP, mais de 80% da cocaína que se produz na Bolívia é comercializada no Brasil, percentual que tende a aumentar e que pode provocar um conflito diplomático. Segundo uma reportagem do jornal La Razón, o principal comprador da cocaína boliviana é a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que controla o mercado das drogas no Rio de Janeiro e São Paulo. “Há grandes máfias que se encarregam de distribuir cocaína e reexportá-la para a Europa”, revelou ao jornal um policial brasileiro da divisão antidrogas, que destacou um negócio de 200 milhões de dólares na importação de drogas a partir do país andino, que é reexportada à Europa por um valor várias vezes superior.