17.4.07

Por um triz

Do blog do Zé Beto:

Milton Riquelme de Macedo, procurador-geral de Justiça, se livrou de entrar para a história como o primeiro a ter o cargo cassado. Foi isso Ernani de Souza Cubas Junior, relator do processo, pediu ao Colégio de Procuradores do Ministério Público, pelo fato de ele, Riquelme, ter saído em defesa do governo do Estado tão logo explodiu o caso de escutas telefônicas comandado pelo policial civil Délcio Rasera, então lotado na Casa Civil. Rasera foi preso depois de uma investigação comandada pela Promotoria de Investigações Criminais (PIC), do Ministério Público, do qual Riquelme é o chefe maior. As declarações apressadas do procurador-geral foram utilizadas na campanha de reeleição do governador Roberto Requião, tanto no site oficial como no programa de propaganda eleitoral da televisão, numa entrevista que poderia ser utilizada em peça do teatro do absurdo. Na votação do Colégio, realizada no dia 19 de março, 32 procuradores votaram pela abertura do procedimento de cassação, 25 foram contra, três se abstiveram e dois deixaram de votar, conforme informa o repórter Abraão Benício deste Jornal do Estado. Para que o processo fosse aberto, seriam necessários 41 votos, ou seja, maioria absoluta dos 80 procuradores que compõem o Colégio. Só 62 compareceram à reunião. Ou seja, Riquelme escapou da degola por um triz. Mas ficou marcado para sempre.

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