4.3.07

Zero à esquerda

Por VALCIR MARTINS

Zero significa, em princípio, algarismo em forma de 0 sem valor absoluto, mas dependendo da posição, sua presença ou eliminação, faz uma grande diferença.
Recentemente ficamos sabendo que a Prefeitura de Maringá pagou por unidade de determinado medicamento R$ 0,09, quando o valor correto seria R$ 0,009, ocasionando uma despesa dez vezes maior para os cofres municipais. Felizmente um grupo de voluntários que estaria colaborando na análise das contas, descobriu o erro e a empresa recebedora teria ressarcido o contribuinte maringaense.
A propósito da posição de um simples zero vejamos:
Em Ecbátana, cidade da antiga Pérsia, havia uma Academia onde se reuniam os sábios da época, então chamada Silenciosa, porque os seus membros deveriam manter-se calados quanto possível,em meditação, resolvendo os problemas que lhes eram apresentados.
Certo dia, em que todos estavam reunidos, apresentou-se um eminente pensador chamado Dr. Zeb, que foi ali propor sua candidatura a um daqueles lugares disputados.
O presidente da entidade atendeu-o em silêncio, e, diante dos diversos acadêmicos, escreveu o número mil no quadro de giz, colocando um zero à sua esquerda, fazendo-o entender que era este o seu significado para os presentes.
Dr. Zeb, sem qualquer enfado, apagou o zero e o transferiu para o lado direito do número, tornando-o dez vezes maior.
Surpreendido, o sábio pegou uma taça de cristal e encheu de tal forma, que toda gota acrescentada resultava numa gota a exceder e perder-se...
O candidato, sem perturbar-se, tirou uma pétala de bela rosa que adornava o recinto e a depôs sobre a água da taça, que se manteve sem nenhuma perturbação, tornando-se mais bela.
Diante da excelente reposta, Dr. Zeb foi então admitido como membro do colégio de sábios.
A partir desta narrativa do Espírito Joana de Angelis, psicografada por Divaldo Pereira Franco, reflitamos:
Com o poder político de prefeitos, vereadores, deputados, senadores, enfim das autoridades constituídas,quase sempre preocupadas só com os próprios interesses, às vezes nos sentimos como um zero à esquerda,mas se tivermos a ousadia de do Dr. Zeb, da narrativa acima, não permitiremos que nos desvalorizem.
Que tal constituirmos outro grupo, mas independente, para acompanharmos os recursos dos impostos que recolhemos e a atuação dos nossos representantes nos legislativos municipal, estadual e federal? Ribeiro Bonito-SP nos dá um exemplo através da Amarribo-(www.amarribo.org.br) Amigos associados de Ribeirão Bonito. Aqui poderíamos criar a Amar (Amigos de Maringá), sem ‘SER’ vinculada à Prefeitura.

Valcir Martins, administrador, Maringá.

4 pitacos:

Anônimo,  18:24  

Valcir

Desde que este grupo seja realmente independente, acredito de suma importância que se fiscalizem os gastos da administração pública...

por exemplo: na instituição em que trabalho ( municipal) recebemos em 2006 vários cartazes contando a história da cidade, confeccionados com o melhor papel existente.

Neste mês, ao abrir um envelope, deparei-me com mais dez dos mesmos cartazes, demonstrando que realmente o dinheiro dos nossos impostos não está sendo bem utilizado.

E este é apenas um exemplo...

Anônimo,  20:48  

Se quiserem, já existe até um estatuto pronto com a sigla AAMAR com base na associação de Rio Bonito. Idéias não falta, mas, se as organizações já existente fiscalizassem a coisa pública, esses "enganos" não ocorreriam. Tanto no Executivo, mas, também o Legislativo e o Judiciário.
O que existe de Prefeitos, Vereadores e Juízes fazendo caca por aí, não está no gibi.
No caso da licitação o AAS, se a pessoa que é responsável direta tivesse consultado qualquer um dos funcionário mais antigos do setor, teria descoberto que o preço ofertado era exorbitante. Porque não consultou? Cabe aqui uma investigação, pois se houve tal engano, quantos mais estarão ocorrendo nessa administração?

Anônimo,  21:47  

Valcir, está convidado a participar da Ong MGA, criada exatamente para esse fim. Você, bem como outros que queiram fazer parte do grupo. Estamos em fase de cadastramento em órgãos federais e, assim que possível, começaremos nossas inserções nos caminhos nebulosos das administrações públicas, não só de Maringá, mas, cadastramos a ONG com âmbito federal, portanto, antes que façam apologia a partidos ou pessoas, poderemos investigar qualquer órgão de qualquer partido seja ele estadual ou municipal, uma vez que recursos públicos vem de várias formas, sejam eles federais, estaduais e municipais. E antes mesmo de começarmos, já temos inúmeras denúncias, se corretas ou não, teremos que averiguar, mas, de antemão, tem coisa pra investigar de montão.

Também passaremos algumas alternativas pois, também é importante não só apontar falhas, mas, na medida do possível, solucioná-las. As críticas irão com soluções.

Abraços a todos

Anônimo,  09:22  

Estou à disposição para participar tanto da AAMAR, quanto da MGA. Gostaria de saber como entrar em contato. Se possível enviar email para valjomar8@hotmail.com

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