Forte pressão

A pressão contra a nomeação do maringaense Odílio Balbinotti para o Ministério da Agricultura é forte, em Brasília. Ele é um nome que não partiu dos tradicionais nichos, blocos e grupos ligados a setores do agronegócio; não tem atividade destacada nacionalmente no partido. Até representantes da UDR estão contra sua indicação. Quem conhece sabe que ele é do bloco do eu sozinho. Imaginem os interesses contrariados com sua possível nomeação.
Da mesma forma, apesar das negativas, partem do deputado federal Ricardo Barros (PP), adversário político de Balbinotti, torpedos mobilizando a imprensa para colocar Odílio em má situação. Até um advogado, que tem parentes na assessoria de Barros, está se oferecendo para contar "histórias" de Balbinotti. Estão, de outro lado, tentando reavivar o caso do cheque da Produquímica, que também não envolve em nada o parlamentar. É a velha tática, desesperada, de melar a indicação através da insistência em mentiras.
Em pelo menos duas ocasiões conhecidas da política maringaense Balbinotti teve uma postura elogiável contra a desonestidade: no caso do pianismo, ao denunciar que tinha deputado votando por deputado ausente do plenário; e no caso da Produquímica, descobrindo-se que usava-se dinheiro da prefeitura (gestão Gianoto) para pagamento pessoais do então prefeito. Graças a Balbinotti se conseguiu prova robusta de que estava havendo desvio na prefeitura de Maringá na gestão Gianoto.