Fenômeno mundial
Do presidentendo Tribunal de Contas do Estado, Nestor Baptista, em entrevista à Gazeta do Povo:
A terceirização tem sido muito usada pela administração pública. Que cuidado é preciso se ter para não acabar em erros?
Trabalhar com ONG sérias. As Oscips, da mesma maneira, quando houver licitação, procurar as que estão prestando serviços com qualidade em outros órgãos. A terceirização é um fenômeno mundial, nos Estados Unidos, para espanto nosso, até serviços sigilosos do governo estão sendo tocados por terceirizados. No Brasil são 235 mil ONGs que empregam 1,4 milhão de pessoas.
Muitas aplicam mal o dinheiro público. O TCU fez um levantamento no ano passado e na amostragem 54,5% das ONGs prestaram mau serviço e desviaram o dinheiro público. Agora o governo não pode indistintamente distribuir dinheiro. O governo federal em dois anos repassou R$ 12 bilhões para entidades. Aqui no Paraná, o governo passou em dois anos R$ 200 milhões para essas entidades, em 2005 e 2006. São por volta de 6 mil ONGs no estado. Eu quero acreditar que o número de irregularidades é menor, mas que existem, não temos dúvidas.
(Na mesma entrevista o ex-deputado do MDB, que tem um filho emprego no TCE, defendeu o nepotismo qualificado)
2 pitacos:
O velho continente esta fazendo o caminho inverso. Em diversos paises da Europa a constatação é a mesma. A terceirização não consegue equacionar a lógica da qualidade dos serviços com o custo cobrado pela prestação.
Aqui no Brasil é mais fácial entender por a terceirização não é o melhor caminho. Ela só cabe aos serviços eventuais e de natureza não continuada, caso contrário fica muito mais caro, já que os encargos sociais incidentes sobre o setor privada são muito maiores que os incidentes sobre o setor público. Isto sem falar da corrupção que envolve a terceirização de serviços públicos.
É impossível falar de Nestor Baptista sem relacioná-lo diretamente com toda a corrupção existente na história recente do Paraná. O Trbunal de Contas do Estado do Paraná é uma espécie de FEBEM da CORRUPÇÃO.
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.