Coluna do Francês (sexta)

Controvérsia
Na Câmara Municipal de Maringá, sessão de ontem à tarde, a intervenção de entidades engalfinhadas em torno da “Lei Seca” que prevê o encerramento de bebidas alcoólicas nos bares, lanchonetes e similares a partir das 23 horas, acabou impedindo que a matéria fosse colocada em discussão e votação.

Lados
De um lado, religiosos, presidente do Conselho de Segurança, entre outros. Do outro, proprietários de estabelecimentos, Sindicato dos Empregados em Bares (e similares).

Reuniões
Com a sessão paralisada, eles promoveram uma reunião com os vereadores onde o presidente John Alves Corrêa atuou como mediador, chegando-se à seguinte conclusão: as entidades interessadas vão se reunir com a vereadora propositora, Marli Martin e outros vereadores, tentando fechar consenso a respeito.

Adiamento
Para que possam discutir e apresentar um projeto útil a todas as partes, ficou definido que o projeto, devidamente emendado, volte a plenário para ser votado somente dentro de oito sessões, portanto no final do mês de abril.

Estudantes
Para o Conselho de Segurança, se for disciplinado o horário da venda de bebidas alcoólicas, Maringá ganhará inclusive com o número de estudantes universitários que hoje seriam 30 mil. Segundo ele, pais mandarão pelo menos outros 15 mil para estudar em nossa cidade se Maringá cuidar do problema.

Ignorados
Do outro lado do balcão, o mâitre e presidente do Sindicado dos Empregados em Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, João Cândido, discordou. Segundo ele, seu sindicato que agrega cerca de 3 mil associados, pais de família, sequer foi ouvido.

Pontos
Cândido diz que o horário limite proposto pela vereadora, 23 horas, é completamente inviável: “Boa parte da clientela chega aos estabelecimentos por volta das 22, 23 horas. Os jantares festivos geralmente começam às 21, 22 horas e duram em média, 3 horas. Como poderíamos parar o serviço às 23 horas?”

Parlamentar
O vereador Zebrão diz que pode até votar favoravelmente ao projeto, se agregar cinco emendas que preparou: “Eu conversei com dezenas de pessoas. De donos a empregados e clientes. 23 horas é muito cedo. Tem que passar da meia-noite”.

Sem chance
O vereador também não concorda que as lojas de conveniência sejam proibidas de vender, por exemplo, uma cervejinha, vinho, etc. Pelas sondagens que fez, acredita que elas fechariam e provocariam desemprego.

Modelo
Interessante observar que a reunião da Câmara de Maringá atraiu até um deputado estadual do estado do Sergipe. Mardoqueu Bodano (PL), estava em um encontro em Umuarama, quando soube da discussão do projeto em Maringá.

Intenção
Ele veio à Câmara porque pretende implantar projeto similar em Sergipe.
Evangélico, prega contenção dos excessos provocados pelo álcool, altas horas, que levam a outros problemas muito mais sérios.

Homenagem
A maior homenagem do Dia Internacional da Mulher, em toda a região, ocorreu ontem na Câmara Municipal de Maringá. Foram homenageadas 35 presidentes de bairros, lideranças femininas que desempenham importante trabalho social, não remunerado, nas comunidades onde residem.

Leitor
Leitor envia e-mail dizendo que “...beber não faz mal. Até Jesus transformou perto de 600 litros de água em vinho, para que convidados de uma festa bebessem fartamente”.

Resposta
Mas pelo pouco que pesquisei sobre sua afirmação, aquele era um vinho alimento, suco. Não tinha teor alcoólico. E naquela época (partilhando o seu espírito brincalhão) não havia imprensa para registrar que fulano ou beltrano “foi atropelado por cavalo ou biga conduzido por bêbado”.

Sauna
O pregão da Prefeitura para comprar três aparelhos de ar-condicionado para a Casa da Cultura do Jardim Alvorada até que demorou. O prefeito havia construído a obra, mas permanecer dentro dela, principalmente do salão, era impossível.

Cromáticos
Alguns vereadores discutem a nova cor dos prédios municipais (verde) quando lei prescrevia que deveriam ser pintados nas cores da bandeira do município, vermelha e amarela.

Bom tom
Preferências à parte, a ex-secretária de Cultura, vereadora Norma Deffune, conseguiu explicar a mudança: As cores vermelha e amarela eram muito berrantes.
Agitavam e estressavam as crianças. Concordo. Sobre o verde, não sei, mas é mais apropriado.

Previsivo
O secretário de Saúde de Maringá, Antonio Carlos Nardi, previu e acertou: em uma semana dobraram os casos de dengue em Maringá. E vão continuar aumentando se a população não começar a ajudar-se e a ajudar o poder público no combate ao mosquito.

Tiro e queda
Segundo Nereu Vidal Cezar, diretor da Câmara Municipal de Maringá, uma atitude fácil e gratuita de combater o mosquito da dengue: “É só não jogar o pó de café usado fora. Coloque um pouco na água do vaso da planta, nos locais onde junta água, no quintal. Onde está o pó o mosquito não prolifera”.