Meu Paraná

De Ruth Bolognese:

Morto não se explica
Após três anos de investigações sobre os desvios de quase R$ 40 milhões durante as gestões do ex-presidente da Federação das Indústrias, José Carlos Gomes Carvalho, o Carvalhinho, o processo parou. E justo quando a Justiça estava bem próxima de apurar o destino do dinheiro.
A decisão é do desembargador Clayton Camargo e favorece os dois herdeiros do empresário, que morreu na véspera da posse do sucessor, Rodrigo Rocha Loures.

Pras calendas
Com o despacho do desembargador Camargo, o Ministério Público tem poucas chances de seguir com o processo, que pretendia reaver parte do espólio do Carvalhinho para cobrir o rombo no (IEL) Instituto Evaldo Lodi.O IEL pertence ao sistema da Federação e todo o desvio do dinheiro passou por ali.
Quem aposta um tostão que este dinheiro (que, afinal, é publico) jamais vai ser recuperado?

De pai pra filho
Então temos aqui no Paraná mais uma situação singular: por brechas na legislação, o dinheiro lavado se transforma em herança, passa de pai pra filho e a Justiça acaba servindo de aval para legalizar a corrupção.
É o fim do mundo, isso.

''A Grande Família do TCE''
E na sequência da série sobre a contratação de parentes nas instituições locais, a lista do Tribunal de Contas Estadual continua. Serve, também, como adendo ao mapa do nepotismo do Paraná que o Ministério Público Estadual está fazendo:

Nomes: Chistianne Pienaro Crisóstomo (revisora assistente)
Chrizanto Crisóstomo da Silva (oficial de gabinete da presidência)
Cleiton Kielse Bordini Crisóstomo (oficial de controle do TC e Deputado Estadual)
Fábio Bordini Crisóstomo (consultor técnico)
Parentesco: como o próprio nome indica são todos da família do ex-presidente do TC, Quielse Crisóstomo da Silva, falecido no ano passado.