As notas

A Câmara Municipal de Maringá entrou com ação de reparação de danos morais contra este jornalista, condenado à revelia ao pagamento de R$ 17,5 mil, por causa das seguintes notas, publicadas na coluna Mosaico e também reproduzidas neste blog (as notas foram pinceladas de contextos ignorados na ação, da qual não faz parte, por exemplo, a nota que deu origem à ação dos laptops):

14/8/2005
Trabalho
Enquanto ninguém se preocupa, o processo legislativo caminha a passos de tartaruga manca: a câmara, que só realiza duas sessões ordinárias por semana, cancelou uma delas na semana passada sob a justificativa de receber a comitiva de Kakogawa.
O fato parece inédito.

Vazio
Ao mesmo tempo, circulam notícias de que, encabrestado, o Legislativo não tem sequer pauta com matérias decentes para discutir. Uma pena.

23/09/2005
Oficial
Nasce mais uma liga esportiva: a Liga de Futsal da Câmara Municipal de Maringá.

5/10/2005
Investigação
O caso da Liga de Futebol do Legislativo: o Ministério Público continua investigando. Ontem foi ouvido um vereador.

9/10/2005
OS HONORÁRIOS, O DECURSO E A COLUSÃO
Silvio II desmontou seu gabinete na câmara, mas ele ainda está lá, em espírito, presente mais que nunca. Tudo leva a crer que houve uma combinação entre o prefeito e o presidente da câmara, João Alves Corrêa, o mais pepista dos peemedebistas, que acabou prejudicando parte da comunidade. O conluio entre os dois representou uma exação rara na política administrativa maringaense. Sobrou para o bolso do maringaense.

18/10/2005
Goiaba
Há dois domingos, na feira-livre da avenida Mauá, dona Bárbara Kanyo Benedek, matriarca dos Barros, chegou à barraca do Nico e perguntou se tinha goiaba.
Um empresário que estava por ali não resistiu e intrometeu-se: “Aqui não tem, mas na câmara tá cheio. E alguns estão podres”.

21/10/2005
Adaptador
Ô maldade! Dizem que alguns vereadores não poderão, nem se quiser, usar os laptops adquiridos pela câmara municipal.
É que esqueceram de comprar adaptadores para cascos...

29/10/2005
Mobral
Leitor sugere ao presidente João Alves Corrêa (PMDB) que, ao invés de contratar curso para que os vereadores possam mexer com os laptops fora de linha, promova na Câmara Municipal de Maringá um curso de alfabetização.
Faz sentido.

Disposição
Pior que votar contra o cumprimento da lei que a própria câmara criou é a disposição da turma de legisladores de alterar a lei para, de forma oportunista, beneficiar alguns privilegiados.