22.1.07

Recuse-se competir com perdedores

Por MARIA NEWNUM:

O filme Cars traz lições valiosas para quem deseja vencer sem perder a alma, seja no mundo dos negócios, seja nos negócios da vida. Se ainda não assistiu, prepare a pipoca. Vale a pena.
Às vezes mais vale abandonar a corrida a um metro da linha de chegada que levantar um troféu disputado com adversários imorais. Negar-se a competir com eles traz um gosto ímpar de vitória.
Vitória, desprovida de adversário a altura em ética, respeito e moral é mais inglória que o gosto amargo da uma derrota. No fundo o que “perde”, sabe, que se as regras tivessem sido respeitadas, ganharia com folga. O que ganha também sabe.
Uma pessoa vencedora sabe-se vencedora; apesar de um “aparente” fracasso nas disputas desleais pela vida afora.
Colecionar troféus invisíveis é certamente uma das grandes características que distinguem “os vencedores” dos vencedores sem honra.
Deixá-los cruzar, sozinhos, a linha de chegada, sem o calor respeitoso da arquibancada é o segredo para elevar o espírito competitivo no mundo dos negócios e na vida.
“Do que vale ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” Pergunta um texto bíblico. O sentido bíblico evoca questões espirituais. Mas o que são as vitórias, senão o que elas produzem de glorioso ao espírito humano? No fim, é a alegria do espírito que conta. E isso, nem sempre, se consegue com altos postos ou dinheiro.
Se durante as corridas, no trabalho e na vida, perceber que os adversários não estão a altura dos padrões aceitáveis para uma disputa honrosa, sente-se na pista e, em silêncio, assista-os “vencer”.
Logo verá que na linha de chegada, a arquibancada, também o receberá em silêncio.
Seus “troféus invisíveis”, ao final, não serão imperceptíveis nem mesmo aos “vencedores” desleais. Eles se saberão perdedores, mesmo quando romperem no peito a faixa de vitória; com sorrisos seus “vergonhosamente” amarelos.
Vamos combinar: Isso não tem preço.
É impossível haver glória quando se compete com perdedores.
Saiba-se vencedor, mesmo quando perder.
________
Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá e coordenadora da Spiritual care Consultoria. Para comentar ou ler outros artigos clique aqui, aqui, aqui e aqui.

3 pitacos:

Anônimo,  12:04  

Esse texto deu "na veia" do PP e seu prefeitinho perfeito Silvio Barros dois. Usou de subterfúgios pouco ortodoxos na campanha, prometeu o que não podia cumprir, disse que era o cara, e nada. Correu até em boca miúda a questão das cestas básicas e das 30 moedas para compra de votos. Agora que a cidade está literalmente às moscas, vemos realmente que o perdedor é o ganhador e o ganhador nada mais é que um grande mentiroso e incompetente. De que vale ganhar o mundo e perder a sua alma? ano que vem tem mais.

Anônimo,  00:39  

Prezado anônimo, obrigado pelo comentário. Pelo investimento de seu tempo para reflerir. Recebi muitos comenentários em minha caixa sobre esse texto. Pessoas que como você, investiram tempo para ler e contribuir. Coisa preciosa.

Nosso mundo e nossa sociedade carece desse investimento bondoso...

Pensei nesse texto no que vai ao encontro das lutas inglórias travadas com adversários que nos carregam para o caõs. Sem percebermos os fortalecemos ao aceitarmos competir com eles/as.

Nossa recusa em competir, é um caminho possível para elevar os níveis, seja no mundo dos negócios, seja nos negócios da vida. São essas disputas que no fim e ao cabo, colocam, inclusive, os políticos, nos lugares de destaque.

É preciso pensar, pensar muito.

Competidores desleais nivelam para baixo pessoas menos atentas e bondosas.
Meu abraço.
Maria

Anônimo,  00:51  

Respondo com um poema ao oportuno texto da amiga MARIA NEWNUM:


AMIGO TRAVESSEIRO



Ser bom, faz bem; ser mal, faz mal. E então?

Qual sua escolha? É ela sempre sua;

quem põe a funcionar o coração,

ao próprio coração apazigua;



mas quem pratica crimes, corrupção,

ou de algum modo aplica falcatrua,

por certo não é bom e, com razão,

tem seu nome rolando pela rua.



Quem faz o bem nem sempre é compreendido,

pois sempre luta contra a correnteza,

mas lutar é da vida, e é com certeza,



que quando um justo reza é atendido;

e à noite agrada ter por companheiro

e confidente o amigo travesseiro.



Diógenes Pereira de Araújo



Orkut: comunidade ESCANDIR

blog:

http://diogenespereiradearaujo.blogspot.com/

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