Recuse-se competir com perdedores
Por MARIA NEWNUM:
O filme Cars traz lições valiosas para quem deseja vencer sem perder a alma, seja no mundo dos negócios, seja nos negócios da vida. Se ainda não assistiu, prepare a pipoca. Vale a pena.
Às vezes mais vale abandonar a corrida a um metro da linha de chegada que levantar um troféu disputado com adversários imorais. Negar-se a competir com eles traz um gosto ímpar de vitória.
Vitória, desprovida de adversário a altura em ética, respeito e moral é mais inglória que o gosto amargo da uma derrota. No fundo o que “perde”, sabe, que se as regras tivessem sido respeitadas, ganharia com folga. O que ganha também sabe.
Uma pessoa vencedora sabe-se vencedora; apesar de um “aparente” fracasso nas disputas desleais pela vida afora.
Colecionar troféus invisíveis é certamente uma das grandes características que distinguem “os vencedores” dos vencedores sem honra.
Deixá-los cruzar, sozinhos, a linha de chegada, sem o calor respeitoso da arquibancada é o segredo para elevar o espírito competitivo no mundo dos negócios e na vida.
“Do que vale ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” Pergunta um texto bíblico. O sentido bíblico evoca questões espirituais. Mas o que são as vitórias, senão o que elas produzem de glorioso ao espírito humano? No fim, é a alegria do espírito que conta. E isso, nem sempre, se consegue com altos postos ou dinheiro.
Se durante as corridas, no trabalho e na vida, perceber que os adversários não estão a altura dos padrões aceitáveis para uma disputa honrosa, sente-se na pista e, em silêncio, assista-os “vencer”.
Logo verá que na linha de chegada, a arquibancada, também o receberá em silêncio.
Seus “troféus invisíveis”, ao final, não serão imperceptíveis nem mesmo aos “vencedores” desleais. Eles se saberão perdedores, mesmo quando romperem no peito a faixa de vitória; com sorrisos seus “vergonhosamente” amarelos.
Vamos combinar: Isso não tem preço.
É impossível haver glória quando se compete com perdedores.
Saiba-se vencedor, mesmo quando perder.
________
Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá e coordenadora da Spiritual care Consultoria. Para comentar ou ler outros artigos clique aqui, aqui, aqui e aqui.
3 pitacos:
Esse texto deu "na veia" do PP e seu prefeitinho perfeito Silvio Barros dois. Usou de subterfúgios pouco ortodoxos na campanha, prometeu o que não podia cumprir, disse que era o cara, e nada. Correu até em boca miúda a questão das cestas básicas e das 30 moedas para compra de votos. Agora que a cidade está literalmente às moscas, vemos realmente que o perdedor é o ganhador e o ganhador nada mais é que um grande mentiroso e incompetente. De que vale ganhar o mundo e perder a sua alma? ano que vem tem mais.
Prezado anônimo, obrigado pelo comentário. Pelo investimento de seu tempo para reflerir. Recebi muitos comenentários em minha caixa sobre esse texto. Pessoas que como você, investiram tempo para ler e contribuir. Coisa preciosa.
Nosso mundo e nossa sociedade carece desse investimento bondoso...
Pensei nesse texto no que vai ao encontro das lutas inglórias travadas com adversários que nos carregam para o caõs. Sem percebermos os fortalecemos ao aceitarmos competir com eles/as.
Nossa recusa em competir, é um caminho possível para elevar os níveis, seja no mundo dos negócios, seja nos negócios da vida. São essas disputas que no fim e ao cabo, colocam, inclusive, os políticos, nos lugares de destaque.
É preciso pensar, pensar muito.
Competidores desleais nivelam para baixo pessoas menos atentas e bondosas.
Meu abraço.
Maria
Respondo com um poema ao oportuno texto da amiga MARIA NEWNUM:
AMIGO TRAVESSEIRO
Ser bom, faz bem; ser mal, faz mal. E então?
Qual sua escolha? É ela sempre sua;
quem põe a funcionar o coração,
ao próprio coração apazigua;
mas quem pratica crimes, corrupção,
ou de algum modo aplica falcatrua,
por certo não é bom e, com razão,
tem seu nome rolando pela rua.
Quem faz o bem nem sempre é compreendido,
pois sempre luta contra a correnteza,
mas lutar é da vida, e é com certeza,
que quando um justo reza é atendido;
e à noite agrada ter por companheiro
e confidente o amigo travesseiro.
Diógenes Pereira de Araújo
Orkut: comunidade ESCANDIR
blog:
http://diogenespereiradearaujo.blogspot.com/
Postar um comentário
Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.