Pelo fim do monitoramento
Confira, caro leitor, a situação dos moradores de Mandaguari que trabalham em Maringá e que, orbigatoriamente, são obrigados pelo menos duas vezes ao dia a passar pela praça de pedágio da Viapar (que por sinal está com campanha publicitária no ar, o que o impedirá de ver o assunto em outros veículos):
Depois de muita reclamação, a pedagiadora (aquela que até propaganda de plano de saúde faz em seus guichês), passou a fornecer ao município 10 mil passagens com preço reduzido (50%) para beneficiar os trabalhadores que são obrigados a fazer o trajeto diariamente.
As passagens com desconto são controladas através do cartão Viapar Card. Como o controle é informatizado a empresa consegue monitorar quantas vezes o veículo já utilizou o cartão dentro do mês, cobrando o preço reduzido somente na quantidade prevista no sistema. As passagens além das previstas no sistema são cobradas o preço normal.
A distribuição e o controle das quantias repassadas aos usuários ficou a cargo da ARD (Agência Regional de Desenvolvimento), ligada à prefeitura municipal, onde reside o problema.
A ARD deveria analisar caso a caso os pedidos de concessão, e somente, com base nos documentos apresentados pelos usuários (carteira de trabalho, declaração de empregador, regime de trabalho, quantos dias trabalha em Maringá, etc) conceder a quantidade comprovadamente necessária para o deslocamento.
O que está acontecendo, no entanto, segundo leitor que conta a história, é a velha rotina de favores e proteção aos “amigos da corte”. Pessoas que reconhecidamente não tem compromissos de trabalho em Maringá, que tem vínculo de trabalho em Mandaguari, como empresários, políticos, ou familiares destes, conseguem cartões com até 44 passagens com preço reduzido e os verdadeiros trabalhadores que eventualmente conseguem passagens têm o limite estipulado e controlado exatamente em cima da média de passagens que o sistema monitora.
"Vou dar um exemplo: Se você consegue o direito a ter 20 passagens com desconto. Se nos meses seguintes você por acaso ir trabalhar alguns dias de ônibus, outros de carona para economizar um pouco, a média de passagem do seu cartão cai. A empresa monitora isso e reduz suas passagens. Te obrigam a ir todos os dias com seu carro, se não, você perde o direito as passagens. Mesmo tendo provado que trabalha todos os dias em Maringá. Enquanto isso “a turma dos amigos” continua lá, com seu cartão cheio de passagens, sem ninguém questionar", conta.
E continua: o mais correto seria, depois de provado a necessidade, a ARD conceder as passagens necessárias pela quantidade de dias do mês, independente se em alguns dias o usuário está sem grana pra ir com seu carro, pois da forma que está sendo feito a ARD se julga no direito de decidir quantas vezes você vai ter desconto, mesmo você já tendo provado que trabalha em Maringá todos os dias. (...) Quem sabe a Viapar e a ARD nos deixem simplesmente ter o direito de termos a quantidade de passagens com desconto pela quantidade de dias do mês. Sem ficar nos monitorando para diminuir a qualquer custo a quantidade concedida, se por algum motivo, não formos algum dos dias com carro próprio. Pois até com desconto, a facada no bolso é grande.
9 pitacos:
Ah! Que coisa!
Vocês estão reclamando por nada.
A VIAPAR tem aprovação de mais de 90% (NOVENTA POR CENTO) dos usuários. Além do mais duplicou todos os trechos que opera. Existem telefones a cada 1.000 (mil) metros. As pistas são seguras e o número de acidentes reduziu depois da concessão.
Tem mai, o preço cobrado pelo pedágio é muito acessível: equivale ao valor de uma paçoquinha!
Além disso a direção da concessionária faz um excelente trabalho social com os pobres proprietários de órgãos de comunicação e prefeitos. Esses coitados recebem uma ajudinha de custo para tomar whysky, comer caviar, picanha, viajar para as praias, etc, etc, etc. Além de cartôes individuais e para família de uso ilimitado.
Agora vocês, pobres e miseráveis,se não tem dinheiro nem para pagar o pedágio, por quê compram carros?
Vocês tem que andar de busão, amarelão, a pé ou de bicicleta.
Isto mesmo! Bicicleta! Está aí uma boa idéia para os tontos e idiotas.
Bicicleta não paga pedágio.
Um beijão para todos! Menos para os tontos e idiotas. Vocês tem é que se ferrarem muito mais.
Rigon, na condição de membro do Conselho Administrativo da ARD, gostaria de esclarecer algumas informações errôneas que lhe foram passadas pelo leitor.
Em primeiro lugar, a Agência Regional de Desenvolvimento (ARD) não é ligada a Prefeitura como alega o leitor. Trata-se de Organização Não Governamental que possui certificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). A entidade tem total autonomia administrativa, foi criada em 1999 com o intuito de apoiar e desenvolver ações para fomentar o desenvolvimento econômico, social e cultural do município e da região.
Em relação à concessão das passagens com desconto, a ARD cedeu sua estrutura física e funcionários para integrarem uma comissão suprapartidária, formada por clubes de serviço, Associação dos Estudantes Universitários de Mandaguari, Associação Comercial e Empresarial de Mandaguari, vereadores, representantes da prefeitura e funcionários da Viapar. Esta diversidade de entidades por si só já elimina totalmente a possibilidade de que tenha ocorrido ou que haja qualquer tipo de favorecimento de quem quer que seja na concessão dos descontos como insinua o leitor.
A comissão analisou e deliberou em conjunto, caso a caso, todos os pedidos de concessão e os documentos apresentados pelos cidadãos que reivindicavam tal benefício. Para obter o desconto os solicitantes tiveram de apresentar uma série de documentos comprovando a necessidade do deslocamento regular pela rodovia que liga Mandaguari aos demais municípios da região Noroeste do Estado. De acordo com a necessidade de cada um é que foram concedidas as passagens. Entre os documentos exigidos estavam: RG, CPF, comprovante de residência, declaração do empregador ou comprovante de matrícula e de freqüência em instituições de ensino, contrato social da empresa no caso empresários ou comerciantes, cópia do documento do veículo (que obrigatoriamente deve estar emplacado em Mandaguari), além de declaração do solicitante expondo os motivos pelos quais estava reivindicando o desconto. O solicitante também se comprometia com a veracidade das informações prestadas. Mesmo depois da comissão deliberar sobre os pedidos, todos os processos foram encaminhados para a Viapar para aprovação.
Atualmente a Viapar concede 12.664 passagens bonificadas por mês para a população de Mandaguari, beneficiando 714 pessoas. Entretanto o número de beneficiados poderia ser bem maior tendo em vista que desde setembro de 2005, quando o sistema de cartões foi implantado, nunca foram utilizadas mais do que 8.000 passagens em um mês. Esse número comprova que, muitos dos usuários alegaram uma necessidade de deslocamento maior do que a que a real. O monitoramento eletrônico permite um controle efetivo das reais necessidades de cada usuário. A conseqüente redução do número de passagens bonificadas só ocorre se depois de se fazer uma média de três meses consecutivos, ficar provado que existe uma grande discrepância entre a quantidade de bônus concedidos e os efetivamente utilizados. Ao reduzir o número de passagens daqueles que comprovadamente não estão utilizando o benefício automaticamente é feito um remanejamento, destinado as passagens à outros usuários cujos cadastros se encontram na fila de espera. O ideal seria que o desconto fosse concedido de forma ilimitada para todos os veículos com placas de Mandaguari, porém como isso ainda não é possível, não é justo que algumas pessoas que comprovadamente não estão utilizando o benefício continuarem com um alto número de passagens enquanto outros que realmente necessitam aguardam na fila de espera.
Atenciosamente
André De Canini
Membro do Conselho Administrativo da ARD
Nossa que paçoquinha cara que o anonimo das 10:22 come!!!!!!!
Será que também poderia nos informar o membro do conselho administrativo da ARD quantas passagens o mesmo possui em seu cartão, bem como, quantas passagens possui os cartões dos colegas de ARD ou dos colegas de jornal que o mesmo trabalha, ou ainda, dos carros das duas maiores empresas de Mandaguari?
Ao anônimo das 13h34
Você está bastante desinformado. Eu não trabalho mais no jornal desde março do ano passado.
Para saber sobre a quantidade de passagens com desconto que possuem os funcionários do jornal, os membros da ARD ou duas maiores empresas da cidade, sugiro que você saia do anonimato e faça um requerimento por escrito, assinando-o e encaminhando o mesmo para a ARD, ou ainda que me procure pessoalmente para falarmos sobre o assunto.
Em relação as passagens que possuo no meu cartão, eu não vejo problema nenhum em publica-las aqui porque não tenho nada a esconder.
Durante o período em que estudei e desenvolvi algumas atividades profissionais em Maringá eu tive direito a 20 passagens por mês. Depois dessa fase a necessidade dos meus deslocamentos para Maringá diminuiu e eu solicitei que minhas passagens com desconto fossem reduzidas pela metade.
Espero que tenha ficado satisfeito, e me coloco a disposição para conversarmos e esclarecermos quaisquer dúvidas.
Rigon
estão questão é a identica a maioria das outras... uma minoria exxxxxxperta f.... uma maioria anestesiada..
cadê a opção ou voce passa no pedágio ou nao vai prá Maringá , a nao ser de avião, ou a pé , hehehe
Cláudio - Mandaguari
Ow, o bate bocas de vocês tem que ser público. Senão não tem graça. Esse negócio de querer conversar pessoalmente, é fria, senão a gente não fica sabendo das coisas... Blog é para isso. E essa de querer saber nome das pessoas também é friagem, parece o batatinha chamando o povo de covarde... huhuauhaaa...
o anônimo das 13h34 estar desinformado até que tudo bem, ele é só um anônimo qualquer.
O duro é o site da http://www.gazetaweb.com.br/ no link expediente figurar o Sr. Membro bravo do conselho administrativo como responsável pela edição/revisão, mesmo ele já estando desligado desde março do ano passado, como ele informa. Informa eles lá também...
Saber eles sabem, e até publicaram uma nota sobre a contração do novo editor e sobre a minha saída na edição 809. Ainda bem que o anônimo me avisou que esqueceram de alterar o expediente já entrei em contato e pedi que o fizessem. Em todo caso, se ele quiser se certificar que não trabalho mais lá pode acessar o referido site e entrar nos links: edições anteriores, 2005, edição 809, em foco.
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.