11.1.07

O ímã, o pavão e o governo

De Rogério Waldrigues Galindo, hoje na Gazeta do Povo:

O Palácio Iguaçu tem um poder de atração imenso. É como se fosse um ímã gigante, talhado para atrair políticos das mais variadas tendências. Ao que tudo indica, é praticamente irresistível. Veja-se como exemplo o caso do secretário de Estado de Obras Públicas, Luiz Caron. Humilhado pelo governador em público no dia de sua posse, defendido também em público pelo próprio filho, disse que sairia do governo. Nem 24 horas depois, mudou de idéia. Diz que vai ficar mais um pouco, para ver no que dá.
Caso ainda mais curioso é o do londrinense André Vargas. Deputado estadual desde 2003, Vargas foi uma voz dissonante no PT do Paraná durante o mandato anterior de Roberto Requião. Ao contrário de seus colegas de partido, se manteve sistematicamente na oposição ao requianismo. Fez críticas pesadas. “O governador faz um governo de conflitos permanentes, inconseqüentes e temerários, podendo gerar prejuízos ao Paraná”, afirmou certa vez. “O Requião briga com todo mundo e não tem nada a oferecer. Quem vai perder com isso é o Paraná”, disse em outra ocasião.
O caso chegou a criar folclore. Requião, dentro de seu famoso estilo, disse certa vez que mantinha no Cangüiri uma criação de pavões. Um deles, que havia fugido, ganhou o nome de André Vargas. O governador pedia que alguém encontrasse o pavão e o devolvesse.
Agora, Vargas está prestes a se tornar secretário de Estado no governo Requião. Secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, pelo que se diz. Aliás, ocupando a vaga que já pertenceu a Padre Roque, petista com que Vargas também se desentendeu por várias vezes durante os últimos quatro anos. Há quem diga que a nova situação mostra claramente que, no fundo, se tratava de uma disputa de poder. Afinal, como se sabe, o poder é um imenso ímã para os políticos.

2 pitacos:

Anônimo,  09:23  

Rigon
como diz um pastor amigo nosso:sorte do povo que os politicos é uma pequena parte da populaçào .
cláudio - Mandaguari

Anônimo,  13:50  

Não vejo muita incoerência nisso não. Também não estou lambendo a bunda de ninguém aqui, que fique bem claro, mas, vou tentar explicar e exemplificar: O ministro Furlan, vice-presidente do grupo Sadia S/A, a maior empresa brasileira de exportações e criação de aves, e outros bichos, era um ferrenho crítico de Lula, até com razões, pois, o comércio exterior estava uma bosta quando do final da era FHC e, ninguém acreditava que isso mudaria, ao menos, em pouco tempo e, principalmente com o governo do Lula. Lula, que não é besta, chamou o Furlan para ser seu ministro da Ind. e Com. e deu no que deu. O Furlan, com sua experiência do grupo Sadia, bateu récorde atrás de récorde de balança comercial que todos estão vendo. De repente, é a chance de André Vargas provar ao Requião que ele estava certo e, parabéns ao Lula e Requião por dar oportunidades aos seus críticos de serem prestativos ao estado e ao governo.

E.T. Não votei em nenhum deles. Não sou petista e nem peemedebista, antes que algum imbecil se meta a besta de vir com ironias.

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