Gaúcho é morto ao voltar dos EUA
Matéria de Gisele Leoblein, no Zero Hora:
Depois de passar quase quatro anos juntando dinheiro nos Estados Unidos, o mecânico de carros Anísio Nunes de Castilhos, 45 anos, tinha como projeto a volta definitiva ao Brasil, onde estavam sua mulher e os dois filhos. Na noite de segunda-feira, Castilhos desembarcou em Porto Alegre e seguiu rumo à Cidreira, no Litoral Norte, onde faria uma surpresa ao caçula de oito anos, que não sabia do retorno do pai.
A parte mais curta da viagem, no entanto, não pôde ser completada. Abordado por ladrões na avenida Ary Tarragô, na zona norte da capital, ele tentou escapar e foi morto com quatro tiros. Fazia cerca de uma hora que havia retornado à capital.
4 pitacos:
NADOU, NADOU, NADOU E MORREU NA PRAIA
CTGAY, OS BAMBY ESTÃO XIQUE NO URTIMO MESMO HEIM.
Que merda. Infelizmente, lutar pra se arrumar sozinho pode acabar nisto. Sair do pais, se submeter a trabalhar de faxineiro mesmo tendo um diploma universitario, viver anos como um paria, sem falar a lingua, sem integraçao social, economizando o que pode para conseguir montar seu proprio negocio no pais de origem, pode acabar tristemente. Este é apenas um dos epilogos, talvez o mais dramatico.
Outros sao a desintegraçao familiar, a dificuldade de adaptaçao ao Brasil, os investimentos precipitados em negocios enrolados, os roubos entre familiares, a perda de referencias sociais e afetivas, etc.
O sonho da volta por cima, vai por agua abaixo, quando a riqueza nao tem respaldo na justiça social.
Isso, aí diógenes.
E aí onde vocÊ está, o povo não reelegeu o vagabundo?
Vive no país com a maior população carcerária do mundo. No país que mais vive da exploração de outros países. No país que mais esteve envolvido em guerras. No país que financiou, treinou e armou os terropristas que agora combate. Vive no país administrado por um cara que invadiu um país por causa de petróleo, provocando a morte de mais americanos do que na ocasião do atentado ao WTC, e de muito mais iraquianos do que durante todo o reinado tirano de Sadam.
Vive num país onde 80% da populaçao naõ sabe identificar em um mapa onde fica o Iraque, ou o Afeganistão. E 65% não conseguiram identificar nem os estados de Nova York e outros em seu próprio mapa.
Dá um tempo.
Aqui não é o inferno, e aí não é o paraíso. Definitivamente.
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.