Depois do plano
De Janio de Freitas:
Os planos têm um inconveniente: depois deles vem a execução, e aí às vezes acontecem crateras, quando não tragédia de dimensão muito maior, como sabe Bush, o portador da democracia a bala. Além dessa incerteza comum aos de sua espécie, o plano com que Lula inicia agora o seu primeiro governo tem pelo menos mais uma, de igual importância.
Antes, porém, de chegar às duas, uma observação de outra natureza. Como plano de um governo que prometia mudanças fundamentais, o Programa de Aceleração do Crescimento se mostra tristemente convencional, a ponto de que sua única originalidade passou despercebida na populosa apresentação: o ministro do Planejamento não entrou no plano nem para ocupar uma das cadeiras na fila ridícula, posta de frente para a platéia, com as autoridades do presente e do futuro do programa -presidente e vice, ministros do Gabinete Civil e da Fazenda, presidentes do Senado e da Câmara e, naturalmente, Marisa da Silva.
Texto completo (para assinantes da Folha de S. Paulo).
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