14.12.06

Problema de saúde pública

O Ipea divulga hoje os resultados finais da pesquisa sobre o custo dos acidentes de trânsito nas rodovias, destacando os acidentes de trânsito como um problema de saúde pública. Os custos valorados relativos a (1) pessoas incluem custos de perda de produção, cuidados com a saúde (pré-hospitalar, hospitalar, pós hospitalar), remoção e translado; (2) veículos se referem a danos materiais ao veículo, perda de carga, remoção/pátio; e (3) outros custos se referem a atendimento da polícia rodoviária e danos à propriedade pública e privada.
Nas rodovias federais, os atropelamentos ocupam o segundo lugar no ranking de mortalidade por acidente. A cada 34 atropelamentos ocorrem 10 mortes. Ocorrem cerca de 4 mil atropelamentos/ano, aproximadamente um a cada duas horas. Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Paraná lideram com 54% das mortes de pedestres e doze rodovias federais detêm 75,3% das ocorrências envolvendo pedestres, das quais, as três primeiras (BR-116, BR-101 e BR-040) respondem por 50% das mortes.
A maioria dos acidentes envolvendo pedestre ocorre à noite, sendo mais crítico o período que vai das 18h às 20h. Os acidentes com motocicletas, embora tenham representado 10,8 % de todos os acidentes, causaram 15,2% de todas as mortes.

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Baseado nos números, o ex-diretor Luis Riogi Miura fez um exercício matemático: "Sei que o custo benefício é muito maior do que os cifrões que aparecem. Se 22 vidas foram salvas (63, de 2005, contra 85, de 2004) e considerando os valores calculados pelo Ipea, teríamos R$ 5.943.630,00 de valor não gasto. Se considerarmos a previsão calculada para 101 óbitos para 2006, o valor aumentaria para R$ 10.260.000,00. Uma pena que não investem mais na prevenção. É muito mais barato, e muito menos traumático. E se quer saber, mais prazeiroso".

6 pitacos:

Anônimo,  16:55  

SEM SOLUÇÃO...
A mulher que for ao NIS III-Jardim Pinheiros em busca de um simples exame de preveção do câncer ginecológico ouvirá a seguinte resposta:
"Este mês tem duas turmas agendadas para fazer o exame, só que não tem mais vaga, volta o ano que vem".
Se esta administração não consegue sequer resolver um problema tão primário relacionado à saúde da mulher, como vai conseguir o problema do trânsito?
O câncer de colo do útero continuará matando mais do que os acidentes de trânsito enquanto tivermos uma administração despreparada para cuidar da saúde da população.

Anônimo,  21:51  

a administração não é despreparada, ela esta preparando outra situação para o futuro, só não ve quem não quer

Anônimo,  21:59  

Gostaria, mas, gostaria mesmo que alguém me explicasse como se calcula que um cara morto em acidente consegue dar um prejuízo de mais de 200 mil reais... favor mostrar as planilhas e, fica frio, que de planilhas eu entendo...

Anônimo,  09:15  

Sr(a) anonymous das 21:59
De Link vc entende? Os numeros e a metodologia são do IPEA. Clique na indicação deste post e chegará ao site deles.Com certeza, já que entende de planilhas, é inteligente, e obterá os dados que precisa.

Anônimo,  11:14  

Sr. luiz miura, com toda educação que lhe é peculiar, gostaria de agradecer a indicação do link, mas, não concordo com a forma de cálculo dos valores ali dispostos. É um cálculo genérico, de possibilidades e não da realidade em que vivemos. Não analisei a planilha ainda, mas, só a título de curiosidade: Consta que o "morto" por acaso, pode se aposentar e daí por diante, todo o custo possível do que ele poderá produzir deverá retornar em forma de aposentadoria? Esse morto é empregado ou desempregado? Portanto, não se tem a "precisão" disso. E mais uma vez, de planilha eu conheço, faço isso o dia (e noite ás vezes) inteiro. Não estou aqui defendendo a morte no trânsito, porque, antes de tudo sou Cristão e tenho pesar por qualquer morte que possa acontecer, seja ela por bala perdida, atropelamento, suicídio, ou outra forma, mas, acho um pouquinho exagerado esses números do IPEA. Como também sou educado, assim como vossa senhoria, gostaria aqui de parabenizá-lo pelo curto tempo em que V.Sa. permaneceu a frente do trânsito em Maringá pois foi de grande valia para nossa sociedade e deixou saudades. Abraços.

Anônimo,  12:44  

"Analisadus ést". Bom o trabalho do IPEA, mas, como eu disse, para se quantificar valores em acidentes, é complicado. Acredito que utilizaram o que tinham em mãos, portanto, estatísticas. Estatísticas e pesquisas é igual a biquini que mostram quase tudo, menos o essencial. Na página 62 do doc. informam que utilizam a M.P. (média ponderada) quem estudou matemática sabe que a MP é (quase) a mesma coisa que você colocar os pés no forno e a cabeça no freezer e, na média, sua temperatura vai estar normal. Também não detalham a planilha quando colocam o custo de 37.646,29 por morto. O custo de hospital é um absurdo e, se o governo está pagando isso, estão lhe roubando, com certeza. Achei interessante os dias de acidentes e os horários que eles acontecem. Começa a crescer na quinta, acentuando-se na sexta e sábado e, chegando ao pico no domingo, tendo uma curva brusca para menos na segunda-feira bem interessante. O horário também é de se analisar, pois, podem ser feitos programas pontuais nesses períodos que vai das 18 horas até as 22 horas. Levam em conta também as "sequelas invisíveis" (pag.28 e ss.) que, na minha opinião, se são invisíveis, também não se quantificam, mas, eles assim o fiseram. Calculam tudo como CUSTO, mas, todo custo gera um negócio na outra ponta, portanto, o custo de uma batida pode ser o negócio de muitas empresas na outra ponta. Empresas de auto peças, guinchos, planos de saúde, montadoras de veículos que repoem os veículos batidos e isso gera empregos e mais dinheiro. Portanto, como eu disse, a questão de gastos com acidentes é "genérica" e não tem como especificar pura e friamente. QUE FIQUE BEM CLARO QUE EU ESTOU CONTESTANDO OS DADOS FINANCEIROS da pesquisa. Em nenhum momento eu concordo com os números de mortos, feridos ou perdas materiais dos envolvidos. E, o grande golpe da pesquisa é o da pág. 65 e ss que é a perguntinha básica se o contribuinte pagaria um "extra" em seus impostos para que tais acidentes fossem evitados. Receberam um grande NNNÃÃÃOOO por 75% dos pesquisados. Portanto, a pesquisa é alerta para nossos governantes ficarem expertos que já estamos com o saco cheio de pagar para não receber nada em troca...

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