Coluna do Ronaldo Nezo (quarta)
Comentando...
Tem coisas que me assustam. Ao folhear uma dessas revistas de novelas, nesta semana, encontrei duas chamadas que me incomodaram. A primeira: “Ramalho estupra Laura”; a segunda: “Nogueira tenta estuprar Daniela”. Os títulos se referem a personagens das novelas Bicho do Mato e Vidas Opostas, ambas da Record.
Cá com meus botões, fiquei com a impressão que falta criatividade aos autores das novelas. É inexplicável que um produto de massa faça uso desses recursos para aumentar a audiência, provocar o público e garantir fôlego as tramas.
O estupro é um crime que provoca traumas, causa seqüelas nas vítimas e, geralmente, é reprovado até mesmo por outros criminosos.
Quando um autor faz uso desse tipo de artifício revela desrespeito ao público e pouco interesse nas conseqüências das cenas que serão apresentar. Está comprovado que o ser humano é influenciado sobremaneira pelo que assiste na tevê.
Quase sempre, os autores argumentam que apenas reproduzem comportamentos presentes na sociedade. No entanto, ignoram que existe nessas situações uma relação dialética. Ou seja, quando apresentam na telinha um comportamento humano negativo estão estimulando a sua manutenção.
Outro aspecto a lamentar é que o mesmo tipo de ato, o estupro, aparece em duas novelas da Record, emissora vinculada a uma instituição religiosa. Talvez os bispos assistam pouco novela...
Chegando...
Para falar de tudo um pouco. Esta é a proposta de nossa coluna. Embora tenha um gosto especial por política e economia, vou ficar satisfeito se conseguir levar até você algumas reflexões que extrapolem essas duas editorias. Vamos ver no que vai dar.
Sentimento
Estar de volta ao Hoje Maringá, desta vez numa coluna, causa-me uma satisfação muito grande. Tenho um carinho especial pela casa. Por isso, agradeço a direção e aos amigos da redação por apostar neste jornalista e entregar este espaço para explorarmos com uma diversidade de informações.
Ao trabalho...
Já que é preciso dizer ao que viemos... Entre as coisas esquisitas que acontecem em Maringá está a presença de ambulantes pelas ruas da cidade. A cidade sempre se orgulhou de manter sob controle esses trabalhadores, evitando a comercialização ilegal de produtos.
Liberado
No entanto, de uns tempos pra cá, há vendedores de tudo. Desde ambulantes comercializando CDs e DVDs piratas até a oferta de sorvetes, naquelas máquinas de sorvete italiano. Na verdade, está uma festa.
Reconhecendo
Ninguém pode negar que esse tipo de atividade alivia a pressão econômica, já que faltam empregos formais. Entretanto, isso não justifica a omissão do poder público. Se esse comércio é ilegal, há necessidade de um olhar mais cuidadoso da administração municipal para o problema.
Natal
É meio maluco levar música erudita para os bairros, onde geralmente o gosto popular não aprecia esse gênero. Mas a iniciativa da Secretaria de Cultura de Maringá é elogiável. O Natal nos Bairros, com música de câmara, é o tipo de coisa que estimula as pessoas a se interessarem por algo que não está tão próximo delas.
Educando
Conforme a secretária de Cultura, Flor Duarte, esse é mesmo o objetivo da iniciativa: despertar na população o gosto por um estilo, digamos, mais refinado de música. Ela acha que a idéia tem sido aceita pelo público. Por isso, já fala em levar aos bairros, em 2007, através do projeto “Convite à Música”, o gênero erudito durante o ano todo.
Absolvição
Em entrevista à CBN, Ricardo Barros lembrou que José Janene não foi cassado porque 47 deputados se ausentaram do plenário no momento da votação. Entre os parlamentares que teriam deixado o local a fim de “lavarem as mãos” estaria o maringaense Odílio Balbinotti.
Manobra
O deputado Ricardo Barros responsabilizou o governo fe-deral pela não cassação de Janene. Segundo ele, os aliados do presidente Lula temiam que, caso perdesse os direitos políticos, o parlamentar – que é do mesmo partido do maringaense – falasse coisas que afetariam o Planalto.
Em tempo
Sobre o que disse Ricardo Barros a respeito de Balbinotti, a assessoria do deputado Pé Vermelho lembra que o parlamentar não estava no plenário no momento de votar a cassação de Janene, porque teria passado o dia no Rio de Janeiro. Conforme o assessor de Balbinotti, quando chegou ao Congresso, a votação já tinha acontecido.
Fogueteiro
O vereador Odair Fogueteiro já conseguiu uma proeza: provocar polêmica e ser assunto na imprensa nestas duas últimas semanas. Depois de propor a regulamentação dos flanelinhas, ontem, Fogueteiro atraiu todas as atenções ao propor reduzir a taxa de ocupação de mesas e cadeiras nas calçadas. Quem não gostou nada foi a administração municipal.
Crédito
Para terminar, lembro que a caricatura deste jornalista foi feita pelo artista Elton Hubner. Ele fez o retrato de toda a galera do grupo Maringá FM, CBN e Globo FM. Como gostei, resolvi compartilhar...
1 pitacos:
Parabéns Ronaldo, ficou legal...
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.