Calçadas sem lei

Você sabia que não existe lei municipal proibindo o plantio de árvores no passeio público? A definição de que calçada é pública já é antiga, mas Maringá, apesar de ter sido conhecida como cidade ecológica, não possui regras claras para que tudo que se possa fazer nelas.
Vejam o caso do bar que vende cachaça, na avenida Luiz Teixeira Mendes. Foram retiradas três árvores da calçada e plantadas palmeiras imperiais. Em outro bar, na avenida Itororó, as árvores não foram retiradas mas foram plantados oito pés de coqueiros.
Segundo funcionário da Secretaria do Meio Ambiente, não existe lei proibindo que o proprietário plante árvores, mas recomenda-se que não o façam e deixem a cargo da prefeitura. Isso é para evitar, por exemplo, como já aconteceu, de gente plantar pé de jaca e de abacate.
Verifica-se nos últimos tempos o plantio de árvores exóticas nos lugares onde foram retiradas árvores. Quem acha que isso é só vantagem, engana-se: nas palmeiras das avenidas Paraná e Getúlio Vargas já foram constatadas invasão de pragas, que exigiu grande esforço do poder público. Sem contar que em muitos casos as árvores não estavam doentes - como se verificou recentemente nas árvores defronte o prédio do ex-deputado Pinga Fogo de Oliveira. Por isso, é aceitável suspeitar que o fato venha se repetindo: retiram-se árvores sãs em nome de se faturar mais, de se mostrar mais a fachada do comércio, nem que isto custe desfigurar o projeto paisagístico inicial da cidade.


Na cachaçaria, palmeiras imperiais no lugar das árvores


No outro bar, oito pés de coqueiros em meio as árvores