A política do pão e circo

Por MISTER M:

Aconteceu no último domingo, dia 22, a festa de confraternização dos servidores municipais na AFMM. Lá estive e gostaria de falar sobre algumas coisas que me deixaram triste. Gostaria de relatar diferenças que vi entre o jantar dançante realizado no Clube Olímpico e a confraternização dos servidores na AFMM. Alguns dirão que o jantar no Olímpico foi pago, outros dirão: "mas eu pago a mensalidade da AFMM todo mês..."
No Olímpico, realmente o jantar foi pago com desconto em folha de pagamento cerca de R$ 37,00, o que já acaba impossibilitando a ida daqueles que ganham menos. Afinal, nem o pagamento do abono para aqueles que ganham menos não foi feito como prometera o prefeito. No cardápio, de cerca de trinta pratos, música boa e com certeza lá não estavam aqueles que ganham pouco, que, diga-se de passagem, são a maioria dos servidores desta prefeitura.
Na AFMM, diferente dos anos passados em que a festa foi feita à sombra das árvores, neste ano o evento foi realizado no estacionamento de cima, sob um sol escaldante, com o qual os trabalhadores já estão acostumados. Diferente dos mais de trinta pratos servidos no Clube Olímpico em que os garçons serviam as mesas, na AFMM o cardápio era menor. Pão com carne moída, refrigerante e sorvete. Tem mais, não foram colocadas cadeiras suficientes. Os servidores e seus familiares que não ficaram embaixo das pequenas barracas, iam se aglomerando sentadas no chão, procurando a sombra dos muros. Na lanchonete, filas enormes que poderiam ser evitadas se fossem colocados mais caixas para atender, como já foi feito em outras festas.
Desculpem, já vi festas melhores na AFMM , mas o que vi desta vez foi uma falta de respeito com o trabalhador da prefeitura que merecia um tratamento melhor. Falta de organização, que não é culpa os voluntários que lá estavam trabalhando, mas unicamente da presidência da AFMM.
O que os servidores públicos municipais querem é um salário digno e respeito. Chega da política do pão e circo. Não podemos nos contentar com as migalhas e os tradicionais sorteios de brindes. Afinal, comemorar o quê...?
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(*) Mister M é um servidor público municipal anônimo e perseguido