Outras considerações

Listo alguns pontos, lendo a justificativa do prefeito e como a imprensa abordou o caso Norma Deffune:

• O fato não é o duplo salário, pois a legislação permite o acúmulo quando a pessoa é professora. O fato, que a imprensa infelizmente não dá destaque, é que ela recebia do Estado sem a contrapartida, foi durante um período uma funcionária fantasma.
• Está na hora de alguém perguntar, quando entrevistar o prefeito, se ele considera correto alguém receber sem trabalhar - este foi o caso dela, não um erro burocrático.
• A assessoria jurídica do prefeito não deveria estar ciente do caso quando ela tomou a decisão de acumular os salários sem dar a contrapartida ao Estado?
• Por que ninguém questiona a responsabilidade do Estado? Não é só a prefeitura não. O Estado avalizou a situação irregular, possivelmente a pedido de alguém influente.
  
• No papel, conforme o holerite mostrado pelo blog ao denunciar o caso, Norma dava aulas na Escola Vinícius de Morais - onde ela nunca botou os pés para ensinar aluno. Quem foi a pessoa do Estado que autorizou essa fraude? Isso não é imoral?
  
• A imprensa tem sido boazinha com Norma, pois a trata como se ela não tivesse sido (e por quanto tempo, alguém poderia dizer?) funcionária fantasma. Silvio II, dizem nos bastidores, está desgostoso com ela, mas a secretária tem a cobertura política do irmão e da cunhada.
• Silvio II demonstra, com sua justificativa, não conhecer o básico da lei na administração pública e sua relação funcional, e, também, menosprezo com o custo público. Ele deveria ser o primeiro a defender os cofres públicos, que não podem ficar pagando gente para não trabalhar.