Mosaico (terça)

Não ia dar
Os 2.164 votos obtidos pelo presidente do PMDB, Gilberto Pavanelli, em Maringá, não seriam suficientes para elegê-lo vereador.
Em 2004, o último votado do partido foi Mário Hossokawa, que recebeu 3.407 votos.

Se vem...
Geraldo Alckmin venceu em Maringá com uma diferença significativa.
E olha que nenhuma das expressivas lideranças locais conseguiu trazê-lo aqui durante a campanha do primeiro turno...

Com três
Para tornar-se o segundo da coligação e o mais votado do PP (tirou o título de José Janene), Ricardo Barros mudou toda estratégia adotada em anos anteriores, onde entrou na última vaga.
Ele dobrou com três candidatos em Maringá (além da mulher, Cida, dr. Batista e Bravin), o que nunca tinha feito antes.

Redução
Se Barros não tivesse feito as dobradinhas a coisa seria mais complicada. Em 2002 ele fez 29,21% dos votos válidos de Maringá; agora, fez 26,65%.
Ele chegou a dizer que poderia perder 10 mil votos por causa do irmão, Silvio II.

Conjunto
De uma forma geral, Ricardo, Cida, Balbinotti e Batista tiveram menos votos em Maringá do que na última eleição.
Balbinotti foi o que perdeu mais, pois parte de seus votos foi para João Ivo.

Positivo
Na outra ponta, entre os que tiveram mais votos que o pleito anterior, estão Luiz Nishimori (PSDB) e Wilson Quinteiro (PSB).
Este, acredito, será importante nas eleições municipais de 2008 – e poder ser a grande alternativa. Foi o terceiro mais votado em Maringá com uma campanha modesta, e o seu partido passou o perigo da cláusula de barreira.

Razão
Batista tem que agradecer ao pequeno PMN, pois teve menos votos em Maringá que em 2002 e mesmo assim se elegeu.
A sigla foi fundamental.

Honestidade
Balbinotti deve estar ouvindo pouco. Ele esperava fazer mais votos aqui, mas decerto não parou para pensar direito no que aconteceu.
Na televisão, cobrou honestidade do eleitor mas não deu exemplo. Ele chegou a dizer que Amarildo Torres era seu assessor de imprensa “há 15 anos”. É há 4.

Firmeza
A indecisão política de Balbinotti ajudou-o a ficar na terceira colocação, em Maringá. Em 2004 ele abraçou a candidatura de Batista a prefeito, mas com a derrota para Silvio II não quis liderar a oposição.
Preferiu ficar amiguinho de Silvio II até alguns meses atrás, quando voltou a ser oposição. João Ivo, diferentemente, representou oposição a Silvio II o tempo todo.

Afe...
Em mais um trocadilho infame, o imortal petista Reginaldo Dias, comentando o resultado para o Senado, disse que Mussi, candidato do PPS, não tinha “consistência”.

171
Somada, a família Barros recebeu nestas eleições 197.518 votos.
Além de Cida e Ricardo, o tio Christopher Bueno (PL), candidato a deputado federal, colaborou com uma votação estadual de 171 votos.

Vixi!
Dr. Batista (PMN) braço da família Barros?
Numa das primeiras entrevistas ele disse que quer ficar num gabinete ao lado da deputada Cida, para aprender a ser deputado. Como ela estava aprendendo com Severino...

Tríplice coroa
O trio Willy Taguchi, Amauri Meneguetti e Aldi Mertz acertou com a eleição de Décio Sperandio (UEM), Alfredo Kaefer (PSDB) e dr. Batista.

Foi comédia
A RPC errou no domingo à noite ao dar Adelino como deputado estadual eleito pelo PMN e não dr. Batista. A gafe foi consertada em 10 minutos, depois que o blog do colunista atentou para o erro.
Durante um certo tempo, porém, emissoras de rádio entraram juntas no erro da RPC/Globo e o maringaense ficou “deseleito” logo depois de dar entrevistas como deputado.

Se...
Segundo Willy Taguchi, Maringá poderia ter eleito mais um deputado. Bravin foi convidado a participar da Frentinha, trocando o PP pelo PMN, e com os 21.050 votos que fez poderia ser deputado.
Bravin preferiu permanecer no grupo dos Barros, lamentou Taguchi.

Aposta
Houve muita derrota política neste pleito, mas teve também derrotas financeiras.
O diretor-geral da câmara de Maringá, Nereu Vidal Cezar, contou o radialista Rogério Rico, por exemplo, apostou R$ 5 mil que Bravin faria mais votos que dr. Batista.

Internacional
O jornalista Luiz Carlos Rizzo foi entrevistado ontem por uma emissora de televisão da região de Milão, Itália.
Falando em italiano e português, deixou claro que, conforme os números demonstram, os pobres votaram em Lula e a classe média e os ricos, em Alckmin. Falando mais como historiador do que como jornalista, ele abordou também as lambanças de alguns petistas na compra do dossiê e a criminalização, por parte da oposição, de qualquer ato lulista.

Contente
O PTC de Rogério Mello não conseguiu eleger ninguém no Paraná, mas o partido ficou contente com os mais de 400 mil votos dados a Clodovil em São Paulo.

Reclamão
De Silvio II, ontem:
- O PT vem aqui na porta (do paço) e distribui um monte de besteira, fala um monte de bobagem e agride a gente e ninguém faz nada!

Meio a meio
Tudo indica que o segundo turno dividirá os deputados estaduais eleitos por Maringá.
Luiz Nishimori e Ênio Verri devem fechar com Requião, enquanto Cida e Batista continuarão com Osmar Dias.

Votação
O deputado federal reeleito Hidekazu Takayma (PMDB) fez 2.364 votos em Maringá - 110 a mais que em 2002.
Artagão de Mattos Leão, também reeleito, passou de 8 para 492 votos de uma eleição para outra.

Família
A médica Bárbara Barros, irmã do prefeito que reside em Foz do Iguaçu, trabalhou como fiscal do PP em Maringá.