No país dos pilantras
Trecho de reportagem de Mauricio Stycer e Mino Carta na CartaCapital:
Chuchu. No Palácio dos Bandeirantes, do governo paulista, almoçamos como entrada salada de chuchu, notabilíssimo legume exaltado pelo candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, mesmo quando acompanhado por tomate, agrião e alface. Ousaríamos dizer, sem deixar de pedir vênia, que este é o único, indiscutível traço de semelhança entre o ex-governador e seu substituto nesse tempo de desincompatibilização, o ex-vice Cláudio Lembo. O chuchu.
Lembo é personagem insólita nesta quadra tensa. Alçado a um posto que certamente não esperava, diagnostica com precisão cirúrgica os males do Brasil e as inauditas prepotências da elite nativa. Batiza-a, não sem ironia, de “minoria branca”.
Nesta conversa, à mesa do Palácio, à qual o governador tomou suco de uva, acompanhado por um dos entrevistadores, enquanto outro, com alguma audácia, preferia vinho tinto, Lembo expôs as razões do seu otimismo em relação a um país que começa a enveredar pelo caminho da liberdade e, portanto, a fazer suas próprias escolhas ao repelir as tentativas de manipulação da mídia. Todas as perguntas que a situação sugeria foram postas. Faltou uma: governador, por que o senhor não apara suas sobrancelhas?
0 pitacos:
Postar um comentário
Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.