17.5.06

UEM branquela

Da colunista Ruth Bolognese, na Folha de Londrina (para assinantes):

A ONG Instituto República formada por advogados de Maringá, denuncia que a UEM, Universidade Estadual, a quem chama de ''Branquela'', não reserva cota para negros no vestibular.
A UEL de Londrina e todas as federais já se adaptaram à nova legislação.

(O artigo é de Marcos Capellazzi e está aqui)

6 pitacos:

Anônimo,  10:38  

Rigon,

Que barulho isso, não? Mas há algo que o Capellazzi se esqueceu: na Universidade Estadual de Maringá há alguns mais branquelos que outros. Há também o vestibular indígena, pioniero no Paraná, além da bolsas, casas e assitência pedagógica aos indígenas.
Quanto às cotas aos negros é bem vinda mas seria de bom tom saber que na UEM (asssim como em qualquer lugar fora da UEM) há grupos que votaram no SBII, no PT, apolíticos, reacionários, revolucionários, poetas, etc como há em toda sociedade.
Houve debate para as cotas? Pergunte ao atual reitor. Ele deve saber.

Fábio Linjardi 10:55  

Não dá para generalizar, dizer que na UEM só tem brancos e ricos. A maioria dos universitários são quebrados, mas não chamam a atenção porque vão e voltam das aulas em ônibus lotados, espremidos com outros estudantes na mesma situação.

Mas é inegável que os estudantes de famílias mais abonadas têm mais condições, se quiserem, de estudar em bons cursos preparatórios para passar no vestibular da UEM.

O foco do problema está justamente no fato de que o sistema vestibular beneficia, no geral, aqueles que têm melhor preparo, como se fosse uma competição esportiva.

A discussão é tão complicada que até agora não há consenso nem mesmo sobre a cota para negros.

O que eu gostei no artigo do Capellazzi é a polêmica causada pelas acusações de "branquela", "elitista", entre outras. Isso leva à reflexão sobre qual o papel da universidade custeada com o dinheiro do povo.

Anônimo,  12:27  

Fábio Linjardi,
Jovem e sábio. É isto meu caro, a indéia é polemizar para avançarmos socialmente.
Precisamos, inclusive, saber a opinião das nossas liderenças.

Anônimo,  16:10  

Discordo totalmente da fixação de cotas em universidades públicas para qualquer raça. Acho discriminatório e vai gerar uma espécie de universitário de segunda classe, sem conhecimentos para acompanhar o restante da classe, o que vai gerar mais discriminação. Aí vão querer fazer uma prova diferenciada para esses alunos, mais adequada ao nível intelectual deles e gerar profissionais incapazes que não conseguirão emprego e passarão a culpar a discriminação racial, aumentando o problema ao invés de diminuí-lo. Deve o Estado investir no aprimoramento do ensino fundamental e médio, inclusive com acompanhamento sócio-econômico dos mais pobres, para que estes tenham condições de enfrentar o vestibular em igualdade de condições com os demais. Estudei na UEM a mais de 25 anos e naquela época haviam pouquíssimos ricos no meu curso. Menos que afro-descendentes. A maioria dava um duro danado para ficar na faculdade, pois não é fácil trabalhar e fazer faculdade ao mesmo tempo. Considero uma hipocrisia aplicar a esta discussão sobre cotas para afro-descendentes determinismo freudiano: mereço uma uma vaga na universidade pública porque meus ancestrais eram escravos ou então, mereço uma vaga na universidade pública porque a sociedade me discrimina. Hoje, mais do nunca, com a interação social que a velocidade da intercomunicação permitiu, o ser humano, pobre ou rico, de qualquer raça, é autodeterminante: você é o que você faz.

Anônimo,  16:23  

Ele digitou indéia. Me recuso a um dia aceitar esse personagem como liderança. É mais um aventureiro na política

Anônimo,  21:22  

Creio que o (a) "vóis disse" cometeu apenas um descuidoso erro de digitação com o seu "indéia", porquanto, no demais, fez considerações muito lúcidas sobre o assunto, sobre as quais concordo plenamente. Então, penso que o "anônimo disse" ...não tá com nada.

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