5.5.06

Negros terão destaque

Está em O Diário de hoje (a coluna já tinha noticiado a verdadeira intenção da prefeitura a respeito):

O desfile em comemoração aos 59 anos de Maringá, no dia 10, vai homenagear o escritor Monteiro Lobato. Cerca de 2,5 mil pessoas vão participar da festividade, que terá oito carros alegóricos. O número é cinco vezes maior do que o total de participantes do ano passado. Segundo a secretária Municipal da Cultura, Flor Duarte, o evento “pode ser considerado um dos maiores dos últimos anos”.
As crianças matriculadas nas escolas municipais, estaduais e particulares vão participar do desfile em alas que terão como tema o Sítio do Pica-Pau Amarelo. Além dos estudantes, diversas etnias, clubes de serviços, militares e entidades sociais vão participar das festividades.
A população negra, quase sempre relegada a segundo plano na historiografia oficial brasileira, terá uma destacada participação no desfile. O Bloco Tia Anastácia, vai mostrar a famosa companheira de Dona Benta nas estórias imaginadas por Monteiro Lobato.
O advogado Alaor Gregório de Oliveira, assessor da Câmara de Vereadores de Maringá, disse ser a favor da participação dos negros no desfile de aniversário da cidade, mas aprova a iniciativa com pelo menos uma ressalva. “Primeiro precisamos ver como será feita a abordagem da questão do negro no desfile”, alerta. Militante do Movimento União e Consciência Negra desde 1985, ele condena “a folclorização” do negro em atos públicos. “Este tema é um campo minado”, considera. (Leonardo Filho e Mario Fragoso)

2 pitacos:

Anônimo,  09:46  

Mais uma vez a realeza dá os ares da aristocracia, pena que quando o Ex-prefeito José Claudio, abriu o desfile de 7 de setembro com uma negra, muito linda, cantando o Hino Nacional ele não morava no Reino. Coisas que a história irá contar.

Anônimo,  22:05  

Alaor tem razão. Com a "visão" que elles têm da questão negritude são capazes de colocá-los de Tias Anastácias ou Sacis.
Bem diferente da visão do José Cláudio e a do PT.
Não sei o que é pior: esquecê-los na revista da Educação, ou melhor, colocá-los em desenho, de costas e vestidos de escravos, ou ridicularizá-los em um desfile.

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