História em quadrinhos

Costumo ler de tudo. Com a última limpeza no banheiro, levei alguns velhos gibis, um do Homem-Aranha (meu herói favorito) e um Almanaque do Capitão América, ambos da decada de 80, quando eu colecionava tudo. Tinha inclusive o primeiro número do Heróis da TV, e com a ajuda do Hiroshi, irmão do Massao Tsukada, colecionava Hulk, Supervaneturas Marvel, Batman, Super-Homem - um monte. O Francês guardou Seleções do Reader´s Digest a vida toda, junto com Mortadelo e Salaminho e Asterix (colaborei doando alguns deles), para os filhos. Fiz a mesma coisa com os gibis, mas o Pedro Gabriel não deve ter tocado num deles. Abandonei-os, foram aos poucos sendo largados por onde passava, muitos se estragaram. Sobrou um saco, com alguns vitimados por traças.

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Voltando ao banheiro: na seção de cartas do Capitão América dou de cara com um texto assinado por Décio Trujilo, hoje editor-chefe de O Diário (acima). Na época, 86, ele era assistente de redação; aqui, eu, colecionador de gibis, era editor de O Diário. Trujilo era responsável também por uma revista da DC e pela revista do Conan, que eu também colecionava.
É provável que ele se lembre de um maringaense que freqüentava a seção de cartas de várias revistas de HQ da Abril, chamado Pérsio Oliveira. Filho de Irma d´Oliveira, ele sabia de tudo sobre histórias em quadrinhos. Vim conhecê-lo no final da década de 90. Pérsio é crânio, formou-se em Agronomia, fez especialização no Canadá, é doutor em Ciências do Ambiente e hoje leciona no Cesumar. Enfim, os quadrinhos, durante uma época, ligaram essas três pessoas, que hoje vivem na mesma cidade - e, me parece, nenhuma mais tem relação direta com HQ.