19.4.06

Os três campeões da moralidade

De Elio Gaspari, hoje, na Folha de S. Paulo e O Globo:

A quadrilha-companheira e seus aliados estão remontando a armadilha do “folclore da corrupção”. O economista sueco Gunnar Myrdal (Nobel de 1974) cunhou essa expressão para designar a mistura de conformismo e desencanto que encharca a sociedade depois que retumbantes cruzadas moralistas acabam em nada. O professor indicava que, nesses casos, ganhava a roubalheira. O Brasil aturou três governantes que se autoproclamaram campeões da moralidade.
O primeiro, Jânio Quadros, teve uma vassoura como símbolo. Tornou-se caso único de político brasileiro cuja conta na Suíça foi objeto de processo judicial, movido pela filha. O segundo, Fernando Collor, viu-se impedido pelo Congresso. Já Nosso Guia sustenta que de nada soube e ninguém haverá de lhe dar aulas de ética. Tomando-se o discurso petista da corrupção sistêmica, comprova-se o acerto da observação de Myrdal. As três cruzadas moralistas não desestimularam as roubalheiras. Pelo contrário, deram aos petistas federais a presunção de que o palácio do Planalto era uma recriação do falecido Cineac Trianon: “O espetáculo começa quando você chega".

2 pitacos:

Anônimo,  10:36  

Olha só de quem é o comentário: Elio Gaspari da Folha de S. Paulo e O Globo.

Eles não tem moral e nem ética para veicular suas opiniões políticas como imprensa sadia.

Anônimo,  20:57  

Por que será que esses caras sempre poupam o FHC?

O rei de todos os ladrões!!

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