8.4.06

Eu não sabia "versus" Eu duvido

(Este é o artigo recusado por O Diário - veja post abaixo - e que questiona ato de SIlvio II)

Por RUBEM ALMEIDA MARIANO:


A expressão usada em forma de justificativa pelo prefeito Silvio Barros ao confessar que usava de maneira ilegal motorista, carro e combustível do município para buscar e levar o seu filho à escola foi a seguinte: "Eu não sabia, que era irregular". Essa confissão ocorreu no programa de televisão Pinga Fogo da Rede Bandeirantes, no dia 30/03, sob a observação do prefeito que seria estampado um flagrante com fotos nos jornais no final de semana.Diante dessa expressão vinda de quem veio (de um prefeito e de uma pessoa de família tradicional na política), fica no mínimo um questionamento para fazer pensar seriamente toda a sociedade maringaense. Por que o prefeito Silvio Barros, o qual tem posado de competente e de capaz no exercício do maior cargo desta cidade, usou da ignorância pública e notória para confessar o desconhecimento de um ato de improbidade administrativa?
Ele não sabe o que é um ato ímprobo? Eu duvido. Afinal de contas, ele é prefeito e no mínimo tem de conhecer a lei Nº. 8429 de 1992, que é bem clara ao dizer que não se pode usar um bem público para fins particulares. Posso concluir diante disso que se ele não sabe o que não pode ser feito sobre uma matéria tão específica de sua alçada, como o uso do seu carro com funcionário público para um fim particular, ele pode então estar realizando muitos outros atos irregulares fruto de sua ignorância? Eu duvido.
Ele não sabe enquanto prefeito que pode responder por ato ímprobo? Eu duvido. Pois essa lei o enquadra como sendo um agente público, eleito pelo povo na esfera municipal, que está sujeito assim como todos os outros chefes do executivo estadual ou federal a serem punidos pelo não cumprimento dessa lei.
Ele não sabe enquanto prefeito que não pode usar os bens públicos para fins particulares? Eu duvido. No Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregada ou terceiros contratados por essas entidades.
Ele não sabe enquanto prefeito que há penalidades quando não se cumpre essa lei? Eu duvido. A pena para esse tipo de ato de improbidade segundo a mesma lei é perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, dentre outras.
Contudo, há uma questão fundamental, que não pode de maneira nenhuma passar despercebida. Foi o próprio prefeito Silvio Barros, ao confessar disse que haveria mais um flagrante apresentado nos jornais no fim de semana (referindo-se ao uso irregular do carro oficial do município para buscar seu filho na escola).
A afirmação "eu não sabia" do prefeito, dada às condições de sua confissão, não é uma ação tomada pelo simples desconhecimento da lei ou pela doce ignorância dos puros de coração, mas é uma reação premeditada e arquitetada engenhosamente, na tentativa de aplacar um escândalo maior dentre todos de improbidade administrativa, por alguém que estava bem ciente da gravidade do problema, pois segundo o próprio prefeito havia sido flagrado e seria exposto em público; a sua moral e a sua honra seriam acertadas em cheio diante de outras irregularidades de membros de seu governo já observadas e movidas pelo Ministério Público.
Por fim, essa irregularidade que foi confessada certamente será mais uma matéria do Ministério Público e da Justiça independente da vontade do réu confesso e dos 7 vereadores que não assinaram o requerimento encabeçado, dentre outros, pelos vereadores Humberto Henrique e Mario Verri do PT pedindo a ida do prefeito à Câmara para dar as devidas explicações sobre o uso ilegal de carro e de funcionário público. Por isso, eu duvido da ignorância pública do prefeito Silvio Barros.

(*) Rubem Almeida Mariano é presidente do PT de Maringá

2 pitacos:

Anônimo,  07:44  

Eu gostaria que o Rubem Almeida Mariano desse uma entrevista onde ele expricasse o que o pt virou, ex. como pode o lula ser sócio do josé dirceu, delúbio soares e paulo okamoto em uma rede de televisão, a tvt, televisão dos trabalhadores, e recebe recursos públicos sem concorrência, e é administrada pela deputada êngela guadagnin (pt-SP) a gordinha da dança da pizza, e manda um e-mail para o lula como ele sempre não sabe de nada essa quadrilha que são seus sócios devem estar roubando ele, Rubem Almeida Mariano,pastor...?

Anônimo,  08:03  

Nada a ver.

Nem o Lula pode, nem o Rei pode.

Errou, tem que responder.

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