Com os diabos
Do Jornal do Estado:
Membro da quadrilha que operava esquema de extorsão dentro do Instituto de Criminalística do Paraná, o diretor-geral do órgão, Ari Ferreira Fontana, é um velho conhecido da família Requião.
Fontana ganhou fama, em 2002, ao aparecer no programa de campanha do então candidato ao governo, Roberto Requião, contestando a veracidade de um vídeo em que o peemedebista surgia dizendo-se disposto a subir no “palanque com o diabo” para chegar ao Palácio Iguaçu.
Até aí é público e notório. O que estava restrito ao círculo íntimo dos Requião, no entanto, é o fato de que Fontana também foi contratado pela família para apresentar um “laudo alternativo” ao acidente que envolveu o sobrinho do governador, João José de Arruda Júnior.
Refresque-se a memória do leitor. Em outubro de 2001, João Arruda, dirigindo um Ford Explorer, furou o sinal vermelho no cruzamento das ruas Amintas de Barros com Tibagi, no centro da capital, e bateu em um Astra. Duas mulheres morreram. Outras quatro pessoas ficaram feridas.
O caso ganhou notoriedade porque Requião, então senador, foi chamado ao local e consta que teria dado uma “carteirada” para livrar o sobrinho do flagrante.
Nas investigações que tiveram curso, foi incluída perícia da Polícia Civil confirmando a culpabilidade de João Arruda no acidente. A família Requião então reagiu da maneira que julgou mais apropriada. Convocou Fontana, perito aposentado do IC, para que apresentasse um laudo alternativo.
Registre-se que Fontana apresentou sim um relatório e que nele – oh, supresa! – as conclusões foram diametralmente opostas àquelas apresentadas na primeira perícia. Registre-se que a Justiça, a bem da verdade, também recusou o laudo do perito a soldo dos Requião.
O que se soube, depois, é que os laços de amizade fraternal mantiveram-se intactos. Eleito governador, Requião fez de Fontana o diretor-geral do IC até que ele fosse pego com a boca na botija, na terça-feira, sob a acusação, entre outras, de expedir laudos falsos para a legalização de carros roubados. Gente fina, como se vê.
Quanto a João Arruda, ele foi condenado por duplo homicídio culposo pela Justiça e sentenciado a três anos e nove meses de detenção. Não passou um dia sequer atrás das grades. Gente fina, como se vê.
Fontana ganhou fama, em 2002, ao aparecer no programa de campanha do então candidato ao governo, Roberto Requião, contestando a veracidade de um vídeo em que o peemedebista surgia dizendo-se disposto a subir no “palanque com o diabo” para chegar ao Palácio Iguaçu.
Até aí é público e notório. O que estava restrito ao círculo íntimo dos Requião, no entanto, é o fato de que Fontana também foi contratado pela família para apresentar um “laudo alternativo” ao acidente que envolveu o sobrinho do governador, João José de Arruda Júnior.
Refresque-se a memória do leitor. Em outubro de 2001, João Arruda, dirigindo um Ford Explorer, furou o sinal vermelho no cruzamento das ruas Amintas de Barros com Tibagi, no centro da capital, e bateu em um Astra. Duas mulheres morreram. Outras quatro pessoas ficaram feridas.
O caso ganhou notoriedade porque Requião, então senador, foi chamado ao local e consta que teria dado uma “carteirada” para livrar o sobrinho do flagrante.
Nas investigações que tiveram curso, foi incluída perícia da Polícia Civil confirmando a culpabilidade de João Arruda no acidente. A família Requião então reagiu da maneira que julgou mais apropriada. Convocou Fontana, perito aposentado do IC, para que apresentasse um laudo alternativo.
Registre-se que Fontana apresentou sim um relatório e que nele – oh, supresa! – as conclusões foram diametralmente opostas àquelas apresentadas na primeira perícia. Registre-se que a Justiça, a bem da verdade, também recusou o laudo do perito a soldo dos Requião.
O que se soube, depois, é que os laços de amizade fraternal mantiveram-se intactos. Eleito governador, Requião fez de Fontana o diretor-geral do IC até que ele fosse pego com a boca na botija, na terça-feira, sob a acusação, entre outras, de expedir laudos falsos para a legalização de carros roubados. Gente fina, como se vê.
Quanto a João Arruda, ele foi condenado por duplo homicídio culposo pela Justiça e sentenciado a três anos e nove meses de detenção. Não passou um dia sequer atrás das grades. Gente fina, como se vê.
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.