Uma terra fértil e gente ainda morrendo de fome!

Por DIÓGENES G. A. MUNHOZ

O depoimento do senador Osmar Dias me emocionou pela veracidade de formação de seu pai, sr. Silvino. Tudo que ele fala sobre o pai dele é absolutamente verdade. Até já joguei futebol naquela fazenda, mas hoje sei que tudo ali é cidade.
Meu avô, sr. Manuel Alves Carneiro, e minha avó, Maria Gracia Munhoz, também fizeram o mesmo percurso de Quatá (SP) e se alojaram no Fim da Picada nos mesmo período de 1938.
Para chegar no sitio de 20 alqueires que adquiriram, os meios de transporte eram semelhantes aos do sr. Silvino. Tudo era muito dificil. Barro, animais selvagem, escuridão!
Na propriedade meu avô, honrado homem, cultivou café! Junto com os filhos que lá residiram tempos mais tarde viviam mais de 10 famílias.
Outro dia comentei com uma de minhas tias, sra Izaura, saudades daquela propriedade onde todos viviam com dignidade, respeito, fartura e tempos dificies. Porque para sobreviver tinha que dar o duro! O maior orgulho que tenho é ter vindo daquela família linda que meu avós construíram! Na minha família não tem nenhum político, acho até que por isso meus avós têm simplesmente como recordacao uma rua em bairros distantes.
Hoje, depois de regimes de vergonha e de escândalos, falta de nacionalidade, os filhos do Brasil que sonham com um futuro melhor também arriscam sua vidas em outros países do mundo afora, vivendo muitos deles despatriados e clandestinos.
Outros conseguiram cidadanias em outros paises! Nem sonham mais em viver no Brasil!
Minha indignação é imaginar que esse país tão rico com a sua riqueza naturais seja obrigado a engolir um nível tão alto de pobreza.
Uma terra fértil e gente ainda morrendo de fome!
Enquanto o percentual de salário da maioria do povo brasileiro é de privada os políticos, governadores, senadores, deputados vivem de altas aposentadorias, champagne e caviar.
Escândalos não são apurados e aí afora!
Não entendo como os políticos do Brasil não invistam no futuro de suas gerações, enquanto em outros países não se investe no momento, mas no futuro das gerações!
Para que esse Brasil comece a a dar os primeiros passos, não entendo até agora por que não existe a fidelidade partidária. Se isto existisse, não teríamos que engolir políticos da maior mediocridade.
Se o poder pertence ao povo quem deve comandar são partidos políticos fortes, desta forma não haveria conchavos. Neste caos que existe no momento, quando o eleito sofre a pressão do momento, pula para outro partido como se nada existisse.
O que nosssos avós queriam pra nós todos era um futuro melhor e eles lutaram para isso. Hoje lutamos para o futuro de nossa descendência porque nada nos pertence, tudo que construimos ao futuro pertence.
Você já viu alguém chegar a frente de Deus e perguntar no Céu: "Onde posso, Pai, estacionar o meu Mercedes?"
Políticos de hoje investem no próprio seu bem-estar e nem sabe o que será do futuro dos descendentes deles. Também não estou afirmando que todos são assim, mas tenho a certeza que a maioria não tem qualilificação para representar o nome do povo e quem dirá o nome de Deus.
É uma vergonha imaginar que no século 21, num país rico como o Brasil, políticos dão esmolas para população para se eleger!

(*) Diogenes G.A. Munhoz reside em Duluth, Georgia, EUA