16.3.06

Sobre o sistema público de saúde

Depoimento de Viviane Faria, estudante de Jornalismo, no Conexo:

Ontem, tive a certeza de que o sistema público de saúde está em decadência. Além dos postos não terem remédios suficientes para atender a população, o atendimento nos hospitais públicos de Maringá, é precário. O caso dos remédios foi o seguinte. O médico do posto de saúde receitou um remédio a uma paciente, que só era encontrado em um único posto de Maringá, chegando lá, não tinha, e não se sabia quando esse remédio iria chegar. Ou seja, se a pessoa não tem condições financeiras para comprá-lo em farmácias, morre.
O outro caso, ainda mais grave, é o atendimento em um hospital público de Maringá (prefiro não citar o nome, mas quem já foi nesse hospital irá saber sobre o qual estou falando). Ontem, fiquei a tarde inteira nesse hospital esperando meu irmão ser atendido. Ele sentia uma grave dor no peito e precisava fazer raio-x para saber do que sofria. Simplesmente, o raio-x estava quebrado e demoraria quase uma hora para ser consertado. Conversando com uma mulher que estava sentada ao meu lado, ela me disse que esses dias atrás morreu um paciente ali, que estava esperando pelo raio-x. Agora me diga, como um hospital fica com o raio-x quebrado? Sugam nosso dinheiro com impostos e outras coisas que temos que pagar, para ter um bom atendimento médico pelo menos, e nem isso temos.
No período em que fiquei na sala de espera, cujas cadeiras estavam com os estofados todos sem espuma, não apresentando nenhum conforto aos que estavam ali, percebi o quanto é sofrida a vida de quem depende desses hospitais. Uma mulher chegou trazendo seu filhinho, que aparentava uns 6 anos, com um enorme e profundo corte na testa, que precisava ser imediatamente diagnosticado e dado pontos. Pensa que a criança foi atendida de imediato? Não, ela não foi. E todos que chegavam tinham algo para reclamar da situação em que se encontra esse hospital. Faz-se necessárias, providências, mas, pelo visto, esses problemas já ocorrem ali faz muito tempo e irá demorar muito, ainda, para serem resolvidos. Até quando suportaremos essa falta de consideração para com as pessoas? Claro, o prefeito não precisa de hospital público para sobreviver. Fica aqui minha crítica, agora, faça a sua.

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