25.3.06

A PT-Caixa virou um mico do BC

Elio Gaspari, em O Globo (para assinantes) deste domingo:

OBanco Central deveria abrir um processo para avaliar a conduta do comissariado petista da Caixa Econômica. Se o que está acontecendo naquele pedaço do aparelho-companheiro sucedesse num banco privado, o céu já teria caído. Caso de gestão temerária contra a credibilidade da instituição financeira.
Imagine-se o que acontecerá quando os comissários resolverem adotar práticas semelhantes com as contas de comerciantes e industriais.
Depois vem o presidente da Caixa, Jorge Mattoso, e diz que precisa de 15 dias para identificar os delinqüentes. Quando o doutor pede duas semanas de prazo, procede como uma pessoa que pede licença para ir ao banheiro e diz que pretende ficar lá por dois dias.
Mais grave foi a revelação trazida pela repórter Kamila Fernandes. O empresário Eurípedes Soares da Silva, que transferiu um ervanário para a conta do caseiro Nildo, foi chamado à agência da Caixa de Teresina onde tem conta. Nas palavras do gerente: “Como temos uma relação muito próxima com os nossos correntistas, decidimos chamá-lo para conversar e ver se está tudo bem”.
Gerente chamando correntista “para conversar” a respeito de um assunto que está nas páginas de todos os jornais é coisa nunca vista.
Felizmente ninguém é obrigado a movimentar conta na PT-Caixa.

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