27.3.06

O que move o respeito?

Por VANDA DE OLIVEIRA CARDOSO:

Que respeito é esse que menospreza o problema e se compadece com o rubor da face governista e não atenta para a tragédia das mulheres que estão morrendo pela falta de Saúde Pública em Maringá?
Nos anos de 2003 e 2004, ocorreu uma morte materna por ano, ao passo que no primeiro ano da gestão Silvio Barros II este número aumentou para seis mortes.
Como alguém pode dizer qual é o momento certo para denunciar esse fato gravíssimo?
Antes de fazer a defesa do momento certo, da forma, deve-se defender a vida e a vida das mulheres, desconsideradas pelo governo que fala de Desenvolvimento com Igualdade.
Esqueceram-se de dizer, que as governistas se silenciaram frente ao resultado desse algoz, certamente porque lhes era conveniente e não porque se preocupam com as mulheres e ainda, se silenciaram sobre as causas das mortes, resultado do Programa de Desmonte da Saúde Pública implementado pelo governo do Sr. Silvio Barros II em Maringá.
Assim, eu também respeito, mas só espero respeito de quem merece, de quem defende as mulheres, de quem defende a vida.
Ainda mais, a palestrante, juíza de Direito do Trabalho, falou que o plus da mulher é a possibilidade única e divina de garantir a procriação da espécie humana. Um Dom único dado por Deus. E é exatamente na garantia desse Dom que não existe pudor, que não existe momento certo ou errado, mas existe sim, a obrigação de denunciar a todo momento e lugar o crime contra as mulheres.
Se algumas pessoas se sentem agredidas pela realidade que bate na sua festa, lamento, mas isso é resultado da sua política governista e da tentativa de silenciar o mundo que bate à porta gritando por saúde pública de qualidade para todas e todos.

(*) Vanda de Oliveira Cardoso, cidadã.

2 pitacos:

Anônimo,  08:04  

Falou e disse.
É isso aí mesmo.
Até quando a gente vai ter que ficar dando a outra face?

Anônimo,  10:59  

Parabéns Vanda.
Não era esse um espaço de discussão da repressão contra as mulheres. Como pode um sujeito que o identificam como o Roberto, mas segundo as governistas não podem dizer o que ele estava fazendo aí, vir com truculência agredindo uma delega na conferência das Mulheres

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