O império do escárnio

A atual direção da Câmara Municipal de Maringá acredita que o poder Legislativo é uma coisa particular - talvez daí a disposição de produzir tantos escândalos, licitações superfaturadas, o nepotismo, o mensalinho e o que mais o futuro nos reserva. Mistura-se o público e o privado - daí o perigo de se misturar seu dinheiro com o dinheiro público.
Estou precisando de uma informação que deveria estar no site da câmara, que é o número de funcionários (ocupantes de cargos de confiança e efetivos), mas não consegui. Apelei para um vereador, de oposição, que também não se manifestou interessado em obter o número nem me ajudar. Orientou-me a ligar para o DRH. Liguei para o DRH da casa, me disseram que somente a presidência da casa poderia autorizar a informação. Tentei então a Assessoria de Imprensa, que repetiu a informação anterior.
Os vereadores que tocam a câmara de Maringá tratam como segredo de Estado uma informação que deveria ser pública. Por isso apela-se constantemente ao promotor Cruz. A população vê nele o único canal para se obter algo que, apesar de público, não é público por que algumas pessoas confundem e misturam as coisas.
Sei que entre os nomeados pela câmara estão até ex-prefeitos da região e muitas pessoas que os funcionários de carreira (alguns deles com vergonha na cara e que temem a Deus) nunca viram por lá. Tive que apelar a um jornalista, que trabalha num órgão de comunicação da cidade, para obter o número, que pretendo usar numa nota da coluna de amanhã. Gostaria de saber quantos servidores estão aposentados pelo Legislativo, mas, pelo jeito, é uma tarefa para Hércules.