Bertholdo nega ter operado mensalão para PMDB
O ex-assessor da liderança do PMDB Roberto Bertholdo ontem, em depoimento ao delegado federal Pedro Alves Brito, ter operado um esquema de mensalão para integrantes da bancada do PMDB na Câmara. Bertholdo disse ainda que a conversa gravada, e reproduzida pela revista Veja, em que ele mencionava que o diretor-geral de Itaipu, Jorge Samek, teria cobrado propina de um grupo de empreiteiros, foi montada. De acordo com a Agência Folha, que obteve uma cópia do depoimento, Bertholdo explicou que a expressão “seis paus em dólar [US$ 6 milhões]” se refere a um outro cliente do escritório que mantinha com seu ex-sócio, o advogado Sérgio Renato Costa Filho. No diálogo transcrito pela revista, Bertholdo afirma que Samek teria recebido US$ 6 milhões da Siemens, uma das empresas do consórcio Cieitaipu, que presta serviços à estatal. Bertholdo não informou em seu depoimento quem seria o responsável pela montagem da fita, mas afirma que a fonte da revista seria seu ex-sócio e hoje desafeto. Bertholdo negou que o ex-líder do PMDB na Câmara José Borba distribuísse mensalão entre os deputados que apoiavam o governo. Sobre o valor de R$ 2,1 milhões que Borba teria recebido do esquema operado por Marcos Valério de Souza, Bertholdo disse que não poderia falar sobre o assunto, já que era advogado do parlamentar nesse episódio, o que o impediria de fazer qualquer comentário por causa do sigilo profissional a que está obrigado. Por conta dessas acusações, Borba renunciou ao mandato para fugir de um possível processo de cassação.
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