Silvio II lança ofensiva contra o Sismmar

Silvio II gabava-se de que o seu primeiro emprego na Carteira de Trabalho foi de estagiário na prefeitura de Maringá. Já entrou dada a uma grande facilidade: seu pai era o prefeito. Ele diz ter trabalhado três meses em cada secretaria. Saiu sabendo tudo. Ou imaginava.
Funcionários antigos da prefeitura raciocinam que Silvio II cresceu com uma impressão errada do funcionalismo público; eu, por exemplo, cresci ouvindo que ele não gostava mesmo da turma. O preâmbulo é para comentar que democracia não parece mesmo ser o forte de Silvio II.
Os últimos acontecimentos na área do funcionalismo:
1) A decisão informal na prefeitura, que hoje reuniu algumas chefias de setores, é a seguinte: quem tem FG (função gratificada), e se quiser mantê-la, deve desfiliar-se do Sismmar. A idéia aí é o esvaziamento do sindicato ou, pelo menos, uma tentativa de abalo.
2) Foi formada uma comissão de negociação na saúde, que continua em estado de alerta quanto à greve, que pode ser deflagrada se não houver a prometida contrapartida municipal sobre a carga horária. Pois bem: por telefone, os integrantes da comissão, que trabalham no Hospital Municipal, foram comunicados nesta sexta-feira que serão transferidos para postinhos de saúde. O secretário, Antonio Carlos Nardi, não está aí e a questão será discutida na segunda-feira. O Sismmar, presidido por Ana Pagamunici, não pretende abrir mão de seus direitos - nem da liberdade de seus sindicalizados.
Silvio II parece ter ido à guerra.