Prossegue a Guerra aos Fumantes

Cena um
Um dia, durante uma reunião na casa do então prefeito Silvio Barros (MDB), na década de 70, Antero Rocha, líder estudantil, foi incumbido de buscar cigarro para o chefe do Executivo. Antero foi e abriu duas portinhas de um armário na parede e quase foi soterrado por pacotes e pacotes de um cigarro chamado Parliament.

Cena dois
Silvio II, filho do ex-prefeito fumante, guindado ao cargo ocupado pelo pai, luta para implantar um tal programa chamado Maringá Saudável na prefeitura. Era o mesmo projeto que inventou em sua firma particular, que vende o mineral dolomita, e de uma ONG que presidia até assumir o mandato. Uma das primeiras atitudes foi barrar os fumantes do concurso para o Programa Saúde da Família. O Ministério Público do Trabalho, considerando o ato abusivo e atentatório à liberdade, ingressou com ação - até agora, ao que se sabe, vitoriosa na Justiça.

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Cena três
Nesta quinta-feira venceu o prazo para que todos os servidores da área de saúde pública de Maringá devolvessem um questionário encaminhado por Claudiane Rosa, da Coordenação de Saúde Mental/Tabagismo da Secretaria de Saúde, aos diretores de unidades básicas de saúde. O Comunicado Interno, reproduzido acima pelo blog, leva o número 590 e diz: "Atendendo a solicitação do prefeito Silvio M. Barros II e dando início à implantação do Programa de Unidades e Ambientes Livres do Tabaco, uma das prioridades de seu governo, estamos enviando um instrumento para levantamento e avaliação do número de tabagistas nas unidades de saúde de Maringá. Solicitamos a sua colaboração no envio do mesmo até 23/02/2006 (quinta-feira), impreterivelmente, respondido por todos os funcionários de sua unidade". O formulário tem 13 perguntas, sendo 6 do Teste de Fagerström, para avaliar o grau de dependência do servidor em relação ao cigarro.
Não sei não, mas esta perseguição que Silvio II está fazendo aos fumantes está beirando a paranóia.