3.2.06

Furnas: Barros nega a O Diário que tenha recebido R$ 75 mil

A edição de hoje de O Diário traz quatro matérias sobre a lista de Furnas (que, aliás, foi tirada daquele link mostrado aqui desde o dia 10, a pedido do deputado Ricardo Barros). Uma delas é justamente com o deputado maringaense, que nega ter recebido o dinheiro do caixa dois e Furnas, depois de ter sido vice-líder de FHC. Ele confirmou ter estado em Furnas e conhecer Dimas Toledo, o homem que seria o operador deste esquema (uma espécie de valerioduto da era Fernando Henrique, O Probo).

Esta é a matéria, de Rodrigo Parra:

O deputado Ricardo Barros (PP), que aparece na lista de Furnas como beneficiário de R$ 75 mil, negou o recebimento do dinheiro. O deputado encaminhou ontem um ofício à Procuradoria da Câmara solicitando a retirada do ar do site que divulgou a lista, uma medida inócua já que a mesma já foi reproduzida em diversos endereços eletrônicos.
Além de negar participação no suposto esquema de caixa dois de Furnas, Barros questiona a veracidade do documento. "Não recebi nada de Furnas. Esta lista não é verdadeira. Foi inventada pelo PT para mudar o foco da opinião pública. Querem confundir o cidadão. Isso não tem nada a ver com mensalão. O que o PT quer é jogar todo mundo na vala comum."
O deputado cita o fato de que pessoas que figuram na lista sequer participaram da eleição de 2002, o que, para Barros, corrobora a tese de que a lista foi inventada. "Na lista, quando trata do Paraná, aprece o Francisco Gomide, que não era candidato. O Gomide foi, sim, presidente de Itaipu."
Segundo Barros, o presidente de Furnas à época (2002), Dimas Toledo, negou a autoria da lista e disse que ela é falsa. No entanto, o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB), disse em depoimento à Polícia Federal, na quarta-feira, que recebeu R$ 75 mil de Furnas. O nome de Jefferson consta da lista que já é alvo de investigação na PF.
"Não tem cabimento um líder partidário como era o Roberto Jefferson dizer que foi a Furnas pessoalmente para receber R$ 75 mil. Isso é um absurdo", sustentou Barros. Questionado sobre que motivos estariam levando Jefferson a assumir mais um crime eleitoral, o deputado foi taxativo (sic): "Ele acusa basicamente os deputados que votaram pela cassação dele. Está ressentido e com saudade da mídia."
Questionado se já esteve alguma vez em Furnas ou se mantinha alguma relação com a empresa, Barros confirmou que já esteve na sede da hidrelétrica. "Eu já estive em Furnas, mas não me recordo quando. Mas foi há bastante tempo. Não tenho como precisar com exatidão quando estive lá, mas garanto a você que faz tempo."
Em relação a Dimas Toledo, o deputado disse que o conhece. "Conheço o Dimas Toledo, mas não tenho e nunca tive nenhum tipo de relacionamento com ele." Barros fez questão de explicar que esteve na empresa em função de suas atribuições parlamentares. "Não sei se foi pela comissão de Minas e Energia ou de Ciência e Tecnologia."

2 pitacos:

Anônimo,  10:56  

É sempre assim, quando a coisa aperta, alega esquecimento. Afinal, R$ 75.000,00 é coisa pouca diante tanta grana destinada aos partidos da oposição e aos traidores das alianças.

Anônimo,  11:39  

Esse deputadinho analfabeto e mentiroso que atende pelo nome de Ricardo Barros está pensando que todo mundo é débil mental. E pior: acha que sua biografia vai ficar mais manchada com essa acusação! Ora, senhores, este deputadinho nunca teve nem nunca terá, por exemplo, biografia, pois o que mais lhe caberá, em seus últimos dias, será a impressão da ficha corrida que foi sua miserável e indecente existência. As acusações que pesam sobre esse sujeito, fartamente documentadas, estão a apenas centenas de metros das residências de muitos dos que fecharam o nariz para apoiá-lo e a seu irmão no último pleito municipal, como que fazendo de conta que nada estava acontecendo. Este local é o Fórum de Maringá, onde se acredita estejam apenas processos contra o ex-prefeito Jairo Gianoto. Aconselho, embora não tenha autoridade para tanto, que se vasculhe tudo de que esse sujeitinho já foi acusado desde o primeiro segundo em que meteu os pés na vida pública (primeira gestão do ex-prefeito Said Ferreira) e que se faça um contraste com as acusações de hoje. Algo como "saiba do que Ricardo Barros já foi acusado", ou "conheça os processos a que Ricardo Barros responde". Aí vamos ver se faz sentido um único balbuciar de lábios desse deputadinho.

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