Uma ação com 300 assinaturas

Em novembro/dezembro do ano passado fiquei sabendo que a atual diretoria da Acim, cujo mandato deve terminar dentro de dois ou três meses, queria fazer uma despedida em alto estilo. Assim, estaria em andamento uma ação contra este jornalista, assinada por 80 empresários. Agora, ouvindo o programa Dia-a-Dia, na Cultura AM, o apresentador Edson Lima contou que Roberto Silva lhe garantiu que uma pessoa da cidade será processada por 300 empresários. O motivo é o mesmo da conversa que ouvi no final do ano: as famosas mangueiras luminosas.
Em 2004 gastei um dinheiro razoável com advogado, por conta de três ações: uma da Acim, uma de um dirigente da Acim cujo nome não posso divulgar porque ele requereu segredo de justiça e uma da Sociedade Eticamente Responsável, a SER, que funciona nas instalações da Acim. O advogado de todas é o mesmo. Sabedor que poderia vir a ser bombardeado por novos processos (não posso exigir, afinal de contas, que todos tenham espírito democrático e aceitem críticas, por mais bem intencionadas que sejam), mexi alguns pauzinhos.
O que me deixa atônito é que toda a perseguição (não tem outro nome para isto) começou por causa de uma simples nota onde desmenti o presidente da entidade, Ariosvaldo C. Paulo. Durante uma entrevista à CBN ele disse que vereador deveria ser como diretor da Acim, ou seja, voluntário. Botei na coluna. Dias depois ele enviou um ofício ao presidente João Alves Correa (PMDB), dizendo que jamais tinha dito aquilo. Que eu fiz? Contei tudo na minha coluna no jornal, ipsis literis, pois a gravação está comigo até hoje e prova que ele falou. Bastou: fui cortado do mailing da entidade, não respondem a nenhuma pergunta que encaminho, fui excluído, enfim, considerado persona non grata.
Dali pra cá, como se percebe nas ações, ele tem colocado a entidade contra mim. Um sujeito que, conforme ele mesmo disse a um companheiro de diretoria, "não é ninguém". Até que, para quem não é ninguém, um processo com 300 assinaturas é razoável, não é? Além do que pode até garantir uma mídia nacional...