A panelinha do Galo
O publicitário Leonardo Vianna, da Meta Propaganda, de Maringá, é atleticano. No site Furacao.com ele conta o que viu no dia do jogo entre Galo e Atlético. Leia:
Saio de casa por volta das sete e meia da noite. Vou, com minha mulher e um amigo, em direção ao Willie Davids. Chegamos ao estádio depois de dez minutos e vamos procurar a entrada indicada à torcida visitante. Depois de alguma confusão, por conta de não haver separação das torcidas neste momento, conseguimos finalmente entrar. O jogo começa depois de cinco minutos.
A cerveja até que está gelada, o problema é o resto. Ai, que saudade da Arena! Minhas costas que o digam. Sem nenhum conforto, assistimos ao primeiro tempo em meio a provocações da torcida deles, que a essa altura já não estava tão confiante quanto propalava algumas horas antes.
No segundo tempo, o bicho pega feio! Depois de algumas confusões isoladas, copos de cerveja arremessados, algumas borrachadas e corridões, parece que tudo vai voltar ao normal. O segundo gol sai e começam os problemas de verdade. A torcida adversária, da parte de fora do estádio, começa a arremessar pedras em nossa direção. Mulheres, crianças e até o pessoal dos Fanáticos que veio ao jogo começam a ficar preocupados. Um menino, que acompanhava o pai, é atingido na cabeça. A polícia? Estava mais preocupada em assistir o jogo. Nem depois de muita insistência de todos que ali estavam eles se dispuseram a deslocar alguns homens para controlar a situação do lado de fora. E as pedras continuavam, cada vez maiores.
Vinte minutos depois do apito final as pedras continuavam e a polícia se limitava a barrar a saida dos nossos torcedores. Ao invés de permitir que fôssemos a outro setor do estádio, já vazio à esta altura, eles nos mantiveram lá, debaixo de pedradas. Quando, finalmente, fomos liberados, fomos obrigados a trocar ou tirar as camisas e seguir em silêncio, sob a "escolta" dos nobilíssimos "homens da lei".
O pior, na verdade, foi constatar as atitudes dos envolvidos na partida. Primeiro a torcida, que de pacífica, amigável e interiorana não tem nada. E pra um time que surgiu no ano passado, é até bem empedernida. Depois da polícia, que resolveu "rivalizar" também contra os torcedores rubronegros, a despeito de serem, em sua maioria, famílias que moram na região e pouco podem acompanhar o time do coração ao vivo. Depois, da própria diretoria do Galo, que emite uma nota "parcialmente" verdadeira, olvidando-se de esclarecer que, antes do ocorrido (se é que ocorreu mesmo), famílias atleticanos já haviam sido alvo de pedras do tamanho de tijolos inteiros.
Fica o registro. O Galo, se quiser mesmo ser um grande clube, ainda tem milhões de quilômetros a percorrer, em todos os sentidos. A "panelinha" do Galo não chega nem a ferver, mas a falta de educação e de respeito já é comparável à de muitos "grandes". Quanto aos acontecimentos, CADÊ A FEDERAÇÃO, O STJD, ou qualquer um que tenha peito pra interditar essa pocilga?
Ai, que saudades da Arena! E se você, torcedor atleticano de Curitiba, acha caro o valor cobrado pelo ingresso na Arena, experimente vir a Maringá e assistir o jogo pagando "dé reau". O barato sai caro, meu amigo!
Abraços e feliz ano que se inicia com vitória!
4 pitacos:
Este senhor que se diz publicitário, ao se manifestar de forma pejorativa com a nossa cidade e seu povo, se é um histórico torcedor do Atlético está acostumado a assistir jogos de futebol em pocilgas, o que era o saudoso, para ele, Joaquim Américo.
Contudo, nada justifica a selvageria de meia dúzia de mal educados de torcedores maringaense e atleticanos que vieram de Curitiba, que vão ao estádio somente para arrumar confusão. Frustrados, sobre os quais a lei deverá lançar sua mão e dar-lhes o destino que merecem.
Mas nem por isto, este "senhor da civilização", que deve estar se achando o máximo aqui na cidade de caipiras, tem pertinência para nos impor seus valores. Se nossa cidade não está ao seu nível civilizatório, o que o Senhor está fazendo aqui? Ganhando dinheiro não deve ser, pois foi ao estádio somente em face do ingresso ser barato.
Gosto de futebol, quando jogado de verdade. Nada melhor de ver uma partida onde os dois times se empenham para obter o melhor resultado. Aplaudo o vencedor e o perdedor!
Durante a minha existência, frequentei campos de futebol para assistir uma partida do Vasco, ocorrida no Maracanã, uma do Noroeste de Baurú, uma do Londrina no Vitorino Gonçalves Dias, outra em Rolândia quando o time local derrotou o Corintians em memoravel partida e a última nos bons tempos do Grêmio de Maringá. Aí, parei.
Em todas, assistí também a violência das torcidas. De três: uma, retirei-me do estádio no momento em que as torcidas estavam se engalfinhando a ponto de correr sangue; duas, fui envolvido em uma briga de torcidas e acabei preso e recolhido ao xadrez sem qualquer culpa; três, fui agredido fisicamente e moralmente, simplesmente porquê me atreví torcer para um dos times.
Moral da história: Fico longe das disputas em estádios, pois adquirí fobia que se traduziu na não frequencia a campos de futebol, embora proprietário de quatro cadeira no estádio local onde nunca me foi garantido o direito de frequentá-las mesmo pagando ingresso.
Meu cons&elho: Assistam em casa pelo rádio ou televisão e não corram nenhum risco.
Um cara que diz ser publicitário e escreve "olvidando-se de esclarecer" merece levar ums pedradas de vez em quando.
Por ser da Meta, já sabemos como deve ser o cara. Eles são metidos a serem os melhores do planeta, e o rapaz não fugiu a escrita
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.