10.12.05

"É uma palhaçada na câmara"

"Viana retira apoio e John aborta CPI" é a manchete de O Diário neste sábado. O Hoje Maringá vai de "Balão sobe, CPI cai".
Confira trechos da matéria de Paulo Pupim:
(...)
John aceitou um pedido protocolado pelo vereador Valter Viana (PHS) minutos antes do início da sessão. Viana pediu a retirada do nome dele do requerimento solicitando a criação da CPI. Ele se disse irritado com a inclusão de seu nome numa lista elaborada pelo presidente da Casa com a relação dos vereadores candidatos a compor a Comissão.
John admitiu ter elaborado a lista prevendo a falta de acordo para a formação da CPI e explicou que isso ocorreu após uma discussão "com a maioria dos vereadores". Além de Viana, a lista, com o nome do presidente carimbado no verso, incluía também os vereadores Dorival Dias (PSDB), Altamir dos Santos (PL), Chico Caiana (PMDB) e Odair Fogueteiro (PTB).
(...)
O presidente marcou uma reunião no gabinete dele uma hora antes do início da sessão, prevista para as 18 horas. Oficialmente, o encontro tinha o objetivo de permitir um acordo para a formação da CPI, dispensando a votação em plenário. Jornalistas não puderam acompanhar a reunião. Só fotografias foram permitidas.
O encontro durou cerca de 40 minutos. Pouco antes do término, Viana se retirou do gabinete falando alto e demonstrando nervosismo. Sua alegação era de que não participaria mais da reunião porque tudo se tratava de uma farsa, onde os nomes de quem faria parte da Comissão já estavam previamente escolhidos.
Ele se referia à lista apresentada por John. "Isso vai investigar o quê?", repetia aos repórteres, numa alusão aos companheiros que apareciam na lista. Marly saiu da sala dizendo a mesma coisa, segurando a relação com os cinco nomes. Ela mesma questionava o sucesso da CPI se "uns [vereadores da lista] não viram, uns não querem ver e outros não sabem de nada".
Tanto Viana como Marly estavam com seus requerimentos previamente preparados, bastando apenas protocolá-los caso houvesse necessidade. Viana teria sido o primeiro. Ao ouvir a leitura do requerimento do vereador do PHS, o presidente da Casa sustentou que uma vez retirado o nome de Viana do pedido para a criação da CPI, o referido requerimento estava arquivado.
Conseqüentemente, a CPI não teria razão de existir. John chegou a ler parte da liminar na qual o juiz determinava a criação e instalação da Comissão mediante o requerimento com as cinco assinaturas. Sem o nome do vereador, o presidente da Câmara entendeu que não havia motivo para atender a uma ordem judicial.
Também julgou improcedente o requerimento protocolado ontem por Marly, em que ela pedia a John que convocasse uma reunião, durante a sessão, a fim de permitir aos quatro líderes partidários da Casa a indicação de seus membros na CPI, respeitando a representação de cada sigla no Legislativo.
Ao mesmo tempo, a vereadora queria evitar a votação para a escolha dos integrantes da CPI. Para ela, não havendo acordo entre os partidos, as cinco vagas na Comissão deveriam ser preenchidas por indicação do presidente.
O vereador Umberto Becker (PPS), um dos que apoiou a investigação sobre a compra dos computadores portáteis, disse que tudo não passava de uma palhaçada. "Escreva aí: é uma palhaçada na Câmara". Humberto Henrique lamentou o desfecho do caso. De acordo com o petista, seu partido o teria indicado para compor a Comissão.
Marly promete recorrer novamente à Justiça na segunda-feira, desta vez para sustentar que as cinco assinaturas são exigidas tão somente para que seja protocolado o requerimento de abertura da CPI e não para que garanta a sua sobrevivência.
Ontem também o procurador jurídico da Câmara, Orwille Moribe, protocolou um novo recurso no Tribunal de Justiça, com cópia ao juiz de Maringá, tentando derrubar a liminar de Airton Vargas da Silva.

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