Os laptops e a realidade política de nosso país
Por JACHELINE BATISTA PEREIRA
Nos últimos dias fomos tomados de indignação frente à compra de equipamentos superfaturados pela direção da Câmara Municipal de Maringá.
Houve vozes da sociedade organizada, da imprensa e até mesmo da própria instituição pública, que se levantaram contra essa aberração dispendiosa no Poder Legislativo local.
Entretanto, como sói acontecer em um país onde as estruturas políticas estão em declínio, com o império da injustiça e da impunidade, a CPI que investigaria a compra de tais latops ruiu, fazendo prevalecer os interesses políticos escusos e os acordos espúrios firmados na esfera política institucional.
Vê-se que novamente a sociedade e seu interesse público de ver investigado os desvios das verbas públicas restou relegada ao segundo plano, prevalecendo o poder decisório de políticos descompromissados do projeto de construção de uma nova sociedade verdadeiramente livre, justa e solidária.
Na verdade esse é somente mais um episódio na historia política de nosso município, onde já houve tanta corrupção e desvio de dinheiro público, que o povo acaba se conformando quando a soma levada para as benesses dos políticos, representa menos diante de outros casos similares.
A estrutura política e a fragilidade das instituições provocam a manifestação contagiosa da corrupção e suas faces mais cruéis.
Ora, já vimos tantas formas de desvio de dinheiro público, que a cada dia aparece mais uma pratica que leva a concretização de crimes dos mais variados tipos e espécies.
A raiz dessa doença encontra-se na própria estrutura política e na formação dos políticos de nosso país, por um lado às formas de escolha de nossos representantes e seu assento nas instituições se realiza dentro de um processo que na verdade esconde a sua face antidemocrática, pois prevalece a força do poder financeiro sobre o poder do debate de idéias, sem exposição de propostas voltadas aos problemas do povo.
Resumindo, ninguém estuda projeto político, não há comparação entre as propostas que estão sendo colocadas pelos vários candidatos. O erro é inevitável.
Outro fato que contribui para a degeneração das instituições pelos políticos, é a filosofia da vantagem, esse problema é o mais grave de todos, pois provoca a ruptura da cultura da legalidade, levando toda a sociedade a corrupção.
Recentemente, quando o presidente do Tribunal de Contas da União afirmou que o país é corrupto, entendi que o problema não se localiza mais em siglas ou políticos isoladamente, mas é uma doença generalizada como um câncer se alastrando em toda a sociedade e seu resultado é a produção dos quadros políticos que aí estão.
Essa cultura podre contribui fartamente com a violência e a miséria, pois é o império da injustiça e da impunidade a serviço dos interesses dos poucos privilegiados da sociedade, que cada dia mais se enriquece com as benesses do Estado, sobrepondo-se sobre a massa de miseráveis, fazendo prevalecer à ideologia da exploração e da marginalização dos pobres, excluídos de todas as formas, despojados do exercício da cidadania.
A corrupção no Poder Legislativo maringaense é antes de tudo um mal originário dos antagonismos da estrutura política e da falta de formação ética, solidária e fraterna da sociedade, é o espírito da vantagem desleal e desonesta usando aquilo que é patrimônio público e em tese pertence a todos e deveria ser revertido em benefício especialmente dos pobres.
(*) Jacheline Batista Pereira, advogada em Maringá
Houve vozes da sociedade organizada, da imprensa e até mesmo da própria instituição pública, que se levantaram contra essa aberração dispendiosa no Poder Legislativo local.
Entretanto, como sói acontecer em um país onde as estruturas políticas estão em declínio, com o império da injustiça e da impunidade, a CPI que investigaria a compra de tais latops ruiu, fazendo prevalecer os interesses políticos escusos e os acordos espúrios firmados na esfera política institucional.
Vê-se que novamente a sociedade e seu interesse público de ver investigado os desvios das verbas públicas restou relegada ao segundo plano, prevalecendo o poder decisório de políticos descompromissados do projeto de construção de uma nova sociedade verdadeiramente livre, justa e solidária.
Na verdade esse é somente mais um episódio na historia política de nosso município, onde já houve tanta corrupção e desvio de dinheiro público, que o povo acaba se conformando quando a soma levada para as benesses dos políticos, representa menos diante de outros casos similares.
A estrutura política e a fragilidade das instituições provocam a manifestação contagiosa da corrupção e suas faces mais cruéis.
Ora, já vimos tantas formas de desvio de dinheiro público, que a cada dia aparece mais uma pratica que leva a concretização de crimes dos mais variados tipos e espécies.
A raiz dessa doença encontra-se na própria estrutura política e na formação dos políticos de nosso país, por um lado às formas de escolha de nossos representantes e seu assento nas instituições se realiza dentro de um processo que na verdade esconde a sua face antidemocrática, pois prevalece a força do poder financeiro sobre o poder do debate de idéias, sem exposição de propostas voltadas aos problemas do povo.
Resumindo, ninguém estuda projeto político, não há comparação entre as propostas que estão sendo colocadas pelos vários candidatos. O erro é inevitável.
Outro fato que contribui para a degeneração das instituições pelos políticos, é a filosofia da vantagem, esse problema é o mais grave de todos, pois provoca a ruptura da cultura da legalidade, levando toda a sociedade a corrupção.
Recentemente, quando o presidente do Tribunal de Contas da União afirmou que o país é corrupto, entendi que o problema não se localiza mais em siglas ou políticos isoladamente, mas é uma doença generalizada como um câncer se alastrando em toda a sociedade e seu resultado é a produção dos quadros políticos que aí estão.
Essa cultura podre contribui fartamente com a violência e a miséria, pois é o império da injustiça e da impunidade a serviço dos interesses dos poucos privilegiados da sociedade, que cada dia mais se enriquece com as benesses do Estado, sobrepondo-se sobre a massa de miseráveis, fazendo prevalecer à ideologia da exploração e da marginalização dos pobres, excluídos de todas as formas, despojados do exercício da cidadania.
A corrupção no Poder Legislativo maringaense é antes de tudo um mal originário dos antagonismos da estrutura política e da falta de formação ética, solidária e fraterna da sociedade, é o espírito da vantagem desleal e desonesta usando aquilo que é patrimônio público e em tese pertence a todos e deveria ser revertido em benefício especialmente dos pobres.
(*) Jacheline Batista Pereira, advogada em Maringá
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.