Laptops: Promotoria protocoliza duas ações contra a câmara de Maringá

Confirmado: ontem, no final da tarde, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público protocolizou duas ações - uma cível, outra criminal - por conta da aquisição de 20 laptops fora de linha e dois tripés para câmeras de televisão, que fizeram parte da segunda licitação do ano da Câmara Municipal de Maringá, ultrapassando os R$ 236 mil. O Ministério Público, ao que se apurou, pede anulação da licitação e/ou a devolução do dinheiro gasto. Na parte criminal, a ação é contra quatro servidores do Legislativo (provavelmente, os integrantes da Comissão Permanente de Licitação); na área cível, contra um vereador (provavelmente o presidente João Alves Corrêa, PMDB, ordenador de despesas e que desde o começo do escândalo assumiu a responsabilidade pela compra), oito servidores (provavelmente, os quatro da Comissão Permanente de Licitação, os três da Comissão Especial Permanente, que recebe os produtos adquiridos pela casa) e o proprietário da Informar Assistência Técnica Ltda, José Wanderley Domingues, e mais um que ainda não identifiquei.
O colunista levantou também que a denúncia envolve mesmo superfaturamento, o que indica que documentos comprovam que o preço foi majorado para a venda ao Legislativo, além de falsidade ideológica e outras irregularidades formais.
O caso dos laptops, que não chegou a ser apreciado pelos vereadores através de uma CPI proposta pela vereadora Marly Martin Silva, foi levantado pelo Ministério Público desde o dia 20 de outubro último, ouvindo-se dezenas de pessoas. O processo inclui dados bancários, ou seja, houve quebra de sigilo. A Câmara Municipal de Maringá pagou R$ 10.980,00 por cada laptop licitado em fevereiro (mas que somente começou a ser entregue a uma semana) e R$ 7,5 mil por cada tripé. À medida que conseguir novas informações, as colocarei no blog no decorrer deste dia.
Ah, um detalhe: ontem foi o Dia do Ministério Público.