Novo PMDB tem vícios mais velhos que os outros

O novo PMDB de Maringá, arranjado por Luiz Cláudio Romanelli e companhia bela, é um pedaço de mau exemplo. No dia da posse da nova direção foram usados carros oficiais da Universidade Estadual de Maringá, onde trabalha o novo presidente, o reitor Roberto Pavanelli, o que gerou a abertura de procedimento por parte do Ministério Público, já que aparentemente houve utilização da máquina pública.
Nesta quarta-feira o partido trouxe a Maringá o ex-presidente do BNDES, Carlos Lessa, para uma palestra. Arranjaram a Acim, o Codem e a Câmara Municipal (que não anda lá muito bem de moral depois da descoberta da inusitada compra dos laptops) para, junto com a UEM, dar uma fachada menos partidária para a coisa. À tarde o governador Requião, que passava coincidentemente pela região, esteve presente a um evento do PMDB Jovem. Na platéia, 50% eram ocupantes de cargos comissionados da UEM; a outra metade era de alunos da rede estadual de ensino, u-ni-for-mi-za-dos! Nem na época da ditadura militar tinham a coragem de dar feriado numa escola pública para que se acompanhasse um evento político-partidário. Boa parte da garotada tinha menos de 14 anos. A vice-presidente do PMDB local é a professora Adelaide Colombari, chefe do Núcleo Regional de Educação.
É decepcionante que o velho - e aí o velho é a prática viciada, a pressão, indução, qualquer outra palavra que caiba -, mesmo em nova embalagem, seja mais velho do que a gente imagina.