'Esse óbito não é meu'

Ao reduzir por conta própria, para efeito de mídia, de sete para cinco o número oficiais de vítimas da gripe A em Maringá, a administração dos irmãos Barros lembrou uma das cenas de Tropa de Elite, um dos filmes brasileiros de maior sucesso de todos os tempos. Nela, os policiais falam sobre a 'desova' de corpos que uma regional da PM costumava fazer em outra, para não chamar a atenção das autoridades sobre a quantidade de vítimas encontradas em determinada região.
Maringá tentou 'jogar' uma morte para as estatísticas de Sarandi e outra para as de Palmital, embora ambas tivessem ocorrido em hospitais de Mairngá e com moradores de Maringá. A presepada joga por terra o discurso de controle sobre a doença e de que a prefeitura não estava omitindo números, como toda a cidade comenta. O próximo boletim da gripe (o estadual, que agora passa a ser o mais confiável) deve trazer um número maior de óbitos que os oito constatados no boletim de sexta-feira.