Cena maringaense

Leitora conta o que lhe aconteceu na noite da última segunda-feira, em Maringá:

- Meu carro estava estacionado na av. São Paulo, sentido av. Brasil, diante do Avenida Center. Chovia muito na hora e eu estava voltando para o carro quando fui abordada por dois flanelinhas que - veja bem, estavam debaixo da chuva (que dedicação!) - pediam dinheiro por terem cuidado do carro. Quando cheguei, cerca de 40 minutos antes, nem vi o “grupo” de quatro homens “trabalhando” por ali, portanto não “contratei” serviço de guarda. Em minha opinião, para “cuidar” de carro embaixo de chuva é muito estranho, muito zelo e talvez desespero. Não dei ouvidos e entrei rapidamente no carro. Liguei, olhei pelo retrovisor e não vinha nenhum carro. No entanto, quando comecei a sair, coincidiu que uma viatura da PM trocou de faixa justamente no momento em que estercei. Quase deu batida, mas sorte que não aconteceu nada.
A viatura emparelhou comigo e a mulher policial, co-piloto, pediu que eu abrisse o vidro. Atendi e então ela começou a dar um pito, perguntando como não vi a vitura toda iluminada, que tinha que prestar atenção. Então falei que havia uns flanelinhas e me sentia ameaçada. Os policiais nem deram ouvidos e a mulher continou o pito. Preferi ouvir, ficar quieta e seguir meu caminho, que por coincidência era o mesmo que a viatura seguiu. Eis que, quando chegamos no cruzamento da São Paulo com a XV de Novembro, a viatura furou o sinal vermelho no maior exemplo de atenção no trânsito. E, pela baixa velocidade em que circulava, os policiais estavam fazendo ronda, nada de urgente. O que me espantou foi o fato de a ameaça dos flanelinhas nem ter chegado à percepção (apesar das palavras) da policial. O mais “importante” para a policial naquele momento era dar a bronca chamando a atenção para o bem dirigir. A viatura era a 8458.