Sindicato quer negociar
Texto de Leonardo Filho sobre a greve dos servidores, na edição desta quinta de O Diário:
O terceiro dia de greve dos servidores municipais de Maringá foi o mais pacífico até agora. O fim dos piquetes, uma tentativa de mobilizar funcionários do Hospital Municipal (HM) e uma grande corrente com quase 700 pessoas que percorreu, em silêncio, o Paço Municipal, marcaram os protestos de ontem.
Tensão apenas no início da manhã. Em alguns pontos de greve, como na secretaria de Serviços Públicos, a Polícia Militar esteve no portão para acompanhar a entrada de alguns trabalhadores.
No HM, também um princípio de discussão. Briga, agora, somente na Justiça.
O entrave entre prefeitura e sindicato continua e, por enquanto, não há nenhum sinal de negociação entre as partes.
Os servidores em greve afirmam que o movimento está crescendo, no entanto, a prefeitura garante que os serviços básicos, aos poucos, estão voltando ao normal.
O Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar) entrou ontem com um pedido na Procuradoria Regional do Trabalho para que ocorra uma negociação entre prefeitura e grevistas.
"Estamos pedindo para que haja uma negociação. Acreditamos que até o final da semana tenhamos uma resposta positiva e ocorra uma discussão entre as partes", afirmou o advogado do sindicato, Avanilson Araújo Alves.
"Orientamos os grevistas para que não houvesse radicalização nos atos e o protesto seguirá de forma pacífica", completou o advogado.
Uma prova dessa mudança, segundo a presidente do Sismmar, Ana Pagamunici, foi a corrente humana feita pelos funcionários na prefeitura. Depois de saírem do prédio, os servidores, de mãos dadas, fizeram um círculo em volta de todo o Paço Municipal.
"Isso é uma lição de civilidade. É uma prova de que não somos baderneiros. O prefeito não quer negociar e enquanto isso não ocorrer o movimento vai continuar", destacou Ana.
A manifestação de ontem rendeu elogios dos funcionários públicos que trabalhavam na prefeitura.
"Amanhã (hoje) a nossa comissão de convencimento volta para os postos onde há servidores trabalhando para tentar aumentar o número de trabalhadores no protesto".
Às 7 horas de hoje, os grevistas farão uma nova reunião no centro de Maringá para definir quais serão os rumos do protesto.
A prefeitura continua alegando que não pode conceder o aumento de 16,67%, reivindicação dos grevistas. A assessoria do prefeito de Maringá, Silvio Barros, disse que o aumento extrapola a lei. A proposta de 4,53% e o aumento de salário para uma faixa dos servidores continua.
Até agora, a greve ocasionou sete boletins de ocorrência. Alegando medida de segurança, alguns ônibus do transporte de estudantes foram levados para o pátio da delegacia. Ontem pela manhã, sete motoristas pegaram os ônibus na 9ª SDP.
Como está a paralisação
Coleta de lixo - Dos 11 caminhões que fazem a coleta, 5 estão trabalhando com 30 homens. No início da greve eram três caminhões com 18 funcionários. Setor administrativo funciona normalmente. Cortes de árvores e limpeza das ruas funcionam precariamente.
Setran - Apenas 22 dos 85 funcionários estão trabalhando. De acordo com o secretário Valdir Pignata, 44 servidores estão em greve. "Estamos arrecadando 50% do normal", afirmou. A cobrança do Estar ocorre de forma parcial. Alguns agentes fiscalizadores estão trabalhando.
Paço Municipal - Por causa do fim dos piquetes e do restabelecimento dos cabos de conexão a internet, a arrecadação dos tributos atendeu também parcialmente. Para as pessoas que precisam efetuar pagamentos de taxas e serviços, o atendimento está sendo feito.
Educação - Nas creches, a adesão aumentou, de acordo com a secretária Norma Defune. Mesmo assim, dos 50 centros, nenhum foi fechado. Nas escolas, 30 funcionaram parcialmente.
Saúde - No Hospital Municipal, a adesão foi de aproximadamente 20 dos 329 servidores. Ontem, durante o período da tarde, o atendimento prosseguia normalmente. Os grevistas montaram barracas próximas ao prédio. Constantemente, uma comissão de quatro grevistas entrava no hospital para tentar agregar novos funcionários ao movimento. Nos postos de saúde atendimento foi normal.
Tensão apenas no início da manhã. Em alguns pontos de greve, como na secretaria de Serviços Públicos, a Polícia Militar esteve no portão para acompanhar a entrada de alguns trabalhadores.
No HM, também um princípio de discussão. Briga, agora, somente na Justiça.
O entrave entre prefeitura e sindicato continua e, por enquanto, não há nenhum sinal de negociação entre as partes.
Os servidores em greve afirmam que o movimento está crescendo, no entanto, a prefeitura garante que os serviços básicos, aos poucos, estão voltando ao normal.
O Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar) entrou ontem com um pedido na Procuradoria Regional do Trabalho para que ocorra uma negociação entre prefeitura e grevistas.
"Estamos pedindo para que haja uma negociação. Acreditamos que até o final da semana tenhamos uma resposta positiva e ocorra uma discussão entre as partes", afirmou o advogado do sindicato, Avanilson Araújo Alves.
"Orientamos os grevistas para que não houvesse radicalização nos atos e o protesto seguirá de forma pacífica", completou o advogado.
Uma prova dessa mudança, segundo a presidente do Sismmar, Ana Pagamunici, foi a corrente humana feita pelos funcionários na prefeitura. Depois de saírem do prédio, os servidores, de mãos dadas, fizeram um círculo em volta de todo o Paço Municipal.
"Isso é uma lição de civilidade. É uma prova de que não somos baderneiros. O prefeito não quer negociar e enquanto isso não ocorrer o movimento vai continuar", destacou Ana.
A manifestação de ontem rendeu elogios dos funcionários públicos que trabalhavam na prefeitura.
"Amanhã (hoje) a nossa comissão de convencimento volta para os postos onde há servidores trabalhando para tentar aumentar o número de trabalhadores no protesto".
Às 7 horas de hoje, os grevistas farão uma nova reunião no centro de Maringá para definir quais serão os rumos do protesto.
A prefeitura continua alegando que não pode conceder o aumento de 16,67%, reivindicação dos grevistas. A assessoria do prefeito de Maringá, Silvio Barros, disse que o aumento extrapola a lei. A proposta de 4,53% e o aumento de salário para uma faixa dos servidores continua.
Até agora, a greve ocasionou sete boletins de ocorrência. Alegando medida de segurança, alguns ônibus do transporte de estudantes foram levados para o pátio da delegacia. Ontem pela manhã, sete motoristas pegaram os ônibus na 9ª SDP.
Como está a paralisação
Coleta de lixo - Dos 11 caminhões que fazem a coleta, 5 estão trabalhando com 30 homens. No início da greve eram três caminhões com 18 funcionários. Setor administrativo funciona normalmente. Cortes de árvores e limpeza das ruas funcionam precariamente.
Setran - Apenas 22 dos 85 funcionários estão trabalhando. De acordo com o secretário Valdir Pignata, 44 servidores estão em greve. "Estamos arrecadando 50% do normal", afirmou. A cobrança do Estar ocorre de forma parcial. Alguns agentes fiscalizadores estão trabalhando.
Paço Municipal - Por causa do fim dos piquetes e do restabelecimento dos cabos de conexão a internet, a arrecadação dos tributos atendeu também parcialmente. Para as pessoas que precisam efetuar pagamentos de taxas e serviços, o atendimento está sendo feito.
Educação - Nas creches, a adesão aumentou, de acordo com a secretária Norma Defune. Mesmo assim, dos 50 centros, nenhum foi fechado. Nas escolas, 30 funcionaram parcialmente.
Saúde - No Hospital Municipal, a adesão foi de aproximadamente 20 dos 329 servidores. Ontem, durante o período da tarde, o atendimento prosseguia normalmente. Os grevistas montaram barracas próximas ao prédio. Constantemente, uma comissão de quatro grevistas entrava no hospital para tentar agregar novos funcionários ao movimento. Nos postos de saúde atendimento foi normal.
(Comparada com a última greve verificada na prefeitura, esta está muito mais organizada, com menos problemas aparentes e, em termos de adesão, maior)
3 pitacos:
Nunca vi funcionário público desenvolver qq projeto q seja para aumentar a produtividade no trabalho, evitar contratações e assim poderem ter melhores salários. A liderança e o movimento sindical são burros, literalmente, possuem tapas nos olhos, somente olham para a frente. E, mesmo olhando para a frente não conseguem enxergar que existe um teto legal para o pagamento de salários, e o Prefeito não pode infringir este dispositivo da lei de responsabilidade. Além de burros são cegos.
Se o jornalista ouvisse a população sobre como ela é tratada pelos funcionários públicos, incluindo os municipais,saberia que o atendimento é o pior possível. Ruas não são varridas como deveriam, lixo não é coletado da forma correta, nos postos de saúde fazem descaso com o povo doente (idem no hospital municipal), nos balcões da prefeitura o tratamento é o pior possível...e por aí afora. Agora querem que o povo (o verdadeiro patrão) apóie essa porcaria de greve. Apoiar o quê? Um bando de vagabas que nos tratam como bichos? Verifique, ainda, a média de reajstes de todas as demais categorias da iniciativa privada e saberá que não passou de 5%. Vejam só:nossos empregados querem quase 17% o que, na prática, elevaria os impostos na mesma (ou maior) ordem. Pergunto: você estaria disposto a se render às exigências de seus empregados e reajustar seus salários mais do que o seu próprio? Eles merecem???
Pô, Rigon, esses dois ccs aí porque não se identificam??? Que coisa feia...
Se falta bom atendimento é porque não dão estrutura.
Exemplos: no Hospital Municipal faltou, durante um bom tempo desta gestão, papel higiênico até para a população, imagine para os funcionários... O mesmo está acontecendo no Saop agora.
Em vários Postos de Saúde faltam remédios (inclusive os mais baratos), médicos especialistas (principalmente clínicos gerais e pediatras), nos Centros Infantis estão levando materiais de consumo e pedagógicos de um para o outro (enquanto têm em alguns...).
Pergunte a eles quais e em que quantidade faltam remédios (até curativos) no Hospital Municipal?
Isso são só alguns dos exemplos que ouvimos na greve e, inclusive, já sabíamos.
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.